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Memória

Revolta dos Posseiros no Sudoeste do Paraná: uma vitória do povo

A vitória garantiu que os posseiros e colonos construíssem uma das maiores experiências de agricultura familiar

11.out.2017 às 14h19
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h40
Francisco Beltrão (PR)
Luciana Rafagnim
Colonos tomaram cidades, destruíram sedes das companhias, expulsaram jagunços

Colonos tomaram cidades, destruíram sedes das companhias, expulsaram jagunços - Acervo Histórico

Conhecida e estudada, a Revolta dos Posseiros do Sudoeste do Paraná, ocorrida em 1957, é um dos poucos exemplos na história do país em que o povo foi vitorioso. E a vitória garantiu que os posseiros e colonos construíssem uma das maiores experiências bem sucedidas de agricultura familiar.

Ao contrário, se as companhias de terra, apoiadas pelo então governo do Paraná, tivessem sido vitoriosas, a região caminharia para ser um grande latifúndio com poucos proprietários e com a economia baseada no extrativismo da araucária.

A vitória foi fruto da coragem da sociedade em defender duas questões fundamentais: primeiro, o ser humano, ameaçado, violentado e alguns mortos pela ação dos jagunços pagos pelas companhias para implantar o terror junto às famílias esperando uma debandada para a região de origem. 

A terra não era vista pelos posseiros como um bem imobiliário, mas sim como um fator de produção de alimentos para saciar a fome da família e, posteriormente, com a venda do excedente, buscar uma melhora das condições de vida.

Nos dias 9 e 10 de outubro de 1957 a mobilização foi tão grande que, com caravanas armadas de espingardas e ferramentas, tomou cidades, destruiu as sedes das companhias, expulsou os jagunços e implantou comissões istrativas. Esse momento foi o ponto alto na construção de uma rede de solidariedade entre os colonos e posseiros, fundamental para o período após a revolta.

Foi a solidariedade que garantiu o enfrentamento das condições precárias da colonização: se não havia estradas, os mutirões entravam em ação para construí-las, se não haviam escolas, outro mutirão e professores voluntários, se não havia igreja, a união dos moradores a construía, se uma família não pudesse fazer sua roça por problemas de saúde, os vizinhos se juntavam e garantiam o plantio e a colheita, se um vizinho abatesse uma cabeça de gado, os vizinhos todos tinham carne fresca, se um vizinho fosse de carroça para a vila, fazia as compras para os outros, e, mesmo com o trabalho duro de “amansar a terra” sobrava tempo para o terço, o chimarrão e os serões.

A experiência de solidariedade entre vizinhos fez voos maiores, pois as necessidades foram mudando. O resultado foi a criação de cooperativas para garantir a compra e comercialização coletiva, de sindicatos de pequenos agricultores para, inicialmente, cuidar da saúde com médicos e dentistas e em seguida ser porta voz das reivindicações, e também, a criação da Assesoar, entidade de apoio no estudo e debate sobre a realidade e formação de lideranças

A vitória dos posseiros, em 1957, criou as condições para que tudo isso fosse possível. Embora o capitalismo tenha implantado no campo formas modernas de exploração da terra e da mão de obra, a agricultura familiar ainda predomina, se adapta e enfrenta seus desafios de forma organizada. Nos anos 80, com a crise do crédito e o excedente de mão de obra, muitos agricultores ficaram sem terra, mas foram capazes de se organizar em torno do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Nos anos 90, com a dificuldade de ar o crédito no sistema bancário, criaram um sistema solidário de cooperativismo, a Cresol, hoje reconhecida mundialmente. Quando os filhos precisam sair da região para estudar, eles lutam e conquistam universidades, quando veem os familiares necessitando se deslocar para a capital para tratamento de saúde, são firmes e conquistam um hospital regional.

A história da Região Sudoeste é única, genuína, rica e forte. É a prova de que a organização dá resultado, muda a história e supera desafios. O povo foi e é protagonista.

Editado por: Pedro Carrano
Tags: agricultura familiarmemória
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