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Saúde

Neurocientista fala dos usos medicinais da Maconha e das barreiras ao autocultivo

Sidarta Ribeiro aponta diversos usos terapêuticos da planta e questiona o controle por parte da indústria farmacêutica.

01.ago.2018 às 14h25
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h44
João Pessoa (PB)
Homero Baco
Professor titular e diretor do Instituto do Cérebro da UFRN participou de evento promovido pela associação Liga Canábica da Paraíba.

Professor titular e diretor do Instituto do Cérebro da UFRN participou de evento promovido pela associação Liga Canábica da Paraíba. - Liga Canábica Paraíba

Um dos maiores nomes do país quando o assunto é a pesquisa em torno do uso de substância psicoativas, em especial a maconha, esteve em João Pessoa durante o Fórum Liga Canábica que discutiu Maconha e política de drogas nesta terça (31), na Universidade Federal da Paraíba. O professor Sidarta Ribeiro é neurocientista, professor titular da UFRN, PhD pela Universidade Duke, nos EUA e diretor do Instituto do Cérebro da UFRN. 
“Há 1500 antes de cristo há evidência do uso terapêutico da maconha. O Papiro de Ebers que mostra o uso para inflamação. A maconha contém potentes anti-inflamatórios. E tem várias substancias na maconha que nem produzem efeitos psicoativos e que são terapêuticos, que estimulam o crescimento de ossos, anti-inflamatórios, antiepilépticas, antiproliferativas, antibacterianas. Tem muitas substâncias terapêuticas, a maconha é uma farmacopeia, é uma planta que gera muitos usos diferentes de acordo com a combinação de substâncias”, explica o professor.
O pesquisador também explicou quais os interesses envolvidos na chamada ‘guerra as drogas. “A gente tem que ter muita clareza do que são os conflitos de interesse na guerra as drogas. E quando você encontrar um médico que enche a boca pra falar que ele enquanto médico não pode recomendar a maconha porque causa dependência, você fala ‘doutor, você bebe uísque?, o senhor fuma tabaco? O senhor a rivotril? Porque isso tudo causa muito mais dependência”.


O evento lotou o auditório na UFPB.

Porém, a questão reproduzida massivamente nos meios de comunicação tradicional é outra, liga diretamente o uso da maconha a violência urbana. Parte dessa legitimação foi feita também pela ciência. “A ciência por muito tempo serviu a proibição. E era uma má ciência, financiada para provar mentiras. Isso nos anos sessenta. ‘maconha mata neurônios’. Que mentira! Maconha promove novos neurônios e promove novas sinapses. Agora, isso é sempre bom? Não, depende da pessoa. Se você for na farmácia já tem pra comprar. É extrato de maconha. Custa 2.854 [reais] na farmácia, uma coisa que você poderia plantar em casa. Então tem algum problema aqui grave. Se fosse para impedir a chegada do fármaco eles não permitiriam, então não é isso que eles estão querendo”. 
O professor também esclarece que várias doenças já são reconhecidas pela própria Anvisa como tratáveis com maconha: autismo infantil, carcinoma, distonia, dor crônica, depressão, encefalopatia, epilepsia, esclerose, esquizofrenia, fibromialgia, paralisia cerebral, parkinson, retardo mental e transtorno de desenvolvimento. E pergunta: “Se a própria Anvisa reconhece porque não está regulamentado para autocultivo?”.
Tão importante quanto a luta pela legalização é a compreensão dos efeitos positivos e negativos. Por isso o neurocientista defende não a simples legalização, mas a regulamentação. “Se alguém perguntar se maconha faz mal, devemos responder sim, ela pode fazer algum tipo de mal para algum tipo de pessoa, mas ela faz tanto bem para tantas pessoas. E não é por causa da bula que vãos deixar de usar o remédio. Se eu for ler a bula dos efeitos colaterais dos antidepressivos é assustador. A indústria é capaz de vender remédios por décadas que tem pouquíssimo efeito e no entanto é capaz de coibir o auto cultivo de uma planta medicinal, ancestral, que pode sim resolver problemas de saúde ou sintomas de muita gente. Então a agente tem que ter muita sagacidade pra entender o que nesse debate é do interesse do povo, da população brasileira e o que é de interesse de grupos, de interesses particulares”.
Ao falar do uso recreativo e da atual política de criminalização, O professor foi enfático. “Usuário não é criminoso. E vou até dizer mais. O pequeno traficante que só faz varejo também não é criminoso, ele é vítima.”
Para Júlio Américo, presidente da Liga Canábica, esses espaços são essenciais para que o debate sobre legalização das drogas seja aprofundado. “Pra derrubar os mitos, pra começar a trabalhar com a informação e com aquilo que temos a disposição pra acabar com a estigmatização da planta e de seus usos, e começar a perceber que antes da proibição se tinha o uso tradicional que não categorizava uso recreativo, uso medicinal, uso religioso, uso industrial, uso social, simplesmente existia a relação de uma comunidade com a planta que hora se expressava em uma experiência medicinal com a erva, hora em uma experiência celebrativa, hora em uma experiência social. E é isso que a gente quer voltar”. 


A entidade que promoveu a palestra foi fundado por país de crianças que fazem tratamento com cannabis. 

A Liga Canábica da Paraíba é uma articulação de diversos atores da sociedade, pesquisadores, trabalhadores em geral, profissionais em saúde que lutam para que o potencial terapêutico da cannabis e a luta por uma política de o a todos, principalmente os mais vulneráveis e trabalha principalmente em três direções: produção e difusão do conhecimento, criação de uma cultura de superação dos estigmas e preconceitos e busca de uma política pública de o universal, principalmente a partir de uma produção estatal, do SUS, e de viabilização das entidades marginalizadas como associações e cooperativas em função de uma política que atenda a todos e não aos interesses da indústrias farmacêutica. A Liga foi fundada por pais de crianças com epilepsia de difícil controle que lutavam pelo o aos derivados da planta cannabis para controle das crises epiléticas de seus filhos.
 

 

Editado por: Paula Adissi
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