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Análise

Artigo | Nós e eles: o que aprendemos?

Sinalizam que algo está errado, que falhamos no processo de luta pelo empoderamento feminino e é preciso recuar

07.nov.2018 às 07h43
Brasil de Faro Curitiba (PR)
Lais Bastos
Precisamos ser a soma desejada pelo músico Roger Waters(ex baixista do Pink Floyd) que ou pelo Brasil com sua turnê Us + Them

Precisamos ser a soma desejada pelo músico Roger Waters(ex baixista do Pink Floyd) que ou pelo Brasil com sua turnê Us + Them - Reprodução

Simone de Beauvoir, em uma entrevista que concedeu a Jean-Louis Servan-Schreiber, em 1975, ao ser questionada sobre como o seu livro “O Segundo Sexo” foi recebido, afirmou que na França se decepcionou com a reação de homens, em especial a dos comunistas que pensou serem mais abertos, afirmando que estes “cuspiram no livro”, pois consideravam as questões das mulheres algo secundário diante das contradições das classes. “Para eles, o problema da mulher se subordina ao problema de classes”. Ainda que tais atitudes causem espanto, quando vinda dos homens “entendemos” que existe uma insegurança em relação aos seus espaços e posições historicamente privilegiadas. No entanto, quando vêm das mulheres, sinalizam que algo está errado, que falhamos no processo de luta pelo empoderamento feminino e é preciso recuar para entender porque temos dificuldades em avançar.

A confusão de Michelle Bolsonaro entre os conceitos de misoginia e xenofobia quando disse, em entrevista à Record TV (28/10/2018), se referindo ao marido: “Ele é taxado como misógino e ele é casado com quem? Com a filha de um cearense!”, foi chamada, por diversos veículos de comunicação, de gafe. E a esquerda riu. Algumas mulheres defenderam a importância de não ridicularizar outra mulher, mas quem está se perguntando sobre o alcance do conceito de misoginia e tudo o que ele representa? Não deveríamos, todas, dominar o significado? Desconhecermos não é, exclusiva e principalmente, nossa culpa e, mais do que nunca, precisamos mencionar quem são os responsáveis por isso.

Saímos de um processo eleitoral turbulento, com o Partido dos Trabalhadores – PT derrotado nas urnas e Fernando Haddad discursando sobre a importância do partido de se reconectar com as bases e reconhecendo as falhas apontadas por numerosos eleitores, com uma esquerda unida e também com muitas vaidades que se sobressaíram aos ideais defendidos. Saímos com mulheres protagonizando a luta contra Bolsonaro, com Manuela D´Ávila de candidata a vice presidência, mas também com muitas gritando ódio às feministas, apoiando e contribuindo consideravelmente com a eleição de Bolsonaro. Será que esse cenário fez com que, finalmente, aprendêssemos alguma coisa?

O riso, a mim, indica que não. O escárnio escancara nossa incapacidade de diálogo com determinados grupos, grita o quanto intelectuais e militância estão fechados em suas bolhas, o quanto falam apenas entre e para si. O resultado disso é Paulo Freire sendo motivo de chacota nas ruas, por exemplo. Se nós, a esquerda, não conseguimos dialogar, há quem consiga e de forma extremamente manipuladora enquanto nos divertimos com a piada interna sobre a ignorância alheia.

Se a preocupação com a educação é real e legítima, é preciso reavaliar nossas posturas, saber o por quê não conseguimos conversar com um número expressivo de pessoas. É imprescindível debater sobre como ela ocorre fora dos “Castelos Acadêmicos”, como essas pessoas são recebidas pela militância quando buscam informação ou participação ativa sem pertencer à partidos ou movimentos específicos.

O riso talvez até pudesse ser “justificado” se estivéssemos nos referindo a um conceito compreensível por todos e todas, mas, hipocrisia, narcisismo e pedantismo à parte: quem sabe o que é misoginia?

Em 1975 Simone de Beauvoir se declarou decepcionada com os homens que acreditava estar lutando do mesmo lado, mas que subestimavam a causa das mulheres. Em 2018 somos quase todos esses homens e, se assim continuar, seremos sempre nós contra eles e nunca a soma desejada pelo músico Roger Waters(ex baixista do Pink Floyd) que ou pelo Brasil com sua turnê Us + Them e, honestamente, por muitos de nós.

 

*Laís Bastos da Silva –é formada em Pedagogia pela Uninter, Filosofia pela PUC-PR, especialista em ensino de Filosofia pela UFPR, atuou como professora da disciplina na rede pública de ensino e atualmente é Pedagoga da Câmara Municipal de São José  dos Pinhais. É uma Promotora Legal Popular em constante (trans)formação. Acredita no poder emancipador da educação, mas possui diversas ressalvas a instituição escolar, defende que nossa força e poder de transformação residem na educação popular, em gente que, com amor, abre caminhos.

Editado por: Laís Melo
Tags: misoginia
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