Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Esportes

ENTREVISTA

“O futebol hoje é tosco, primitivo, resultadista”, diz Juca Kfouri

O jornalista esportivo conversou com o Brasil de Fato sobre futebol, mas também sobre política e outros temas atuais

01.fev.2020 às 18h49
Atualizado em 17.fev.2025 às 02h11
Porto Alegre (RS)
Ayrton Centeno

O paulistano Juca Kfouri é um dos mais conhecidos jornalistas esportivos do país, embora sua atividade no ofício transcenda as questões da bola. Ex-diretor de redação das revistas Placar e Playboy, trabalhou em rádio, jornal e TV. Na televisão, ou por Globo, Tupi, Record, Cultura, Rede TV, CNT e SBT. Hoje, atua na TVT e na ESPN. E alimenta diariamente com suas opiniões incisivas o Blog do Juca (blogdojuca.uol.com.br). Aqui, nessa conversa por email, ele fala de futebol, é claro, mas também de política – muito jovem, militou na Ação Libertadora Nacional, a ALN de Carlos Marighella – da mídia, de racismo, de religião e das trevas atuais, mas também de esperança.

BdF RS – Desde 1930, ao longo das edições da Copa do Mundo, europeus e sul-americanos se alternaram em conquistas. Porém, agora, estamos vivendo o mais extenso período em que apenas um continente vence: as últimas quatro conquistas são europeias. Pior ainda: em três das decisões (2016, 2010 e 2018) os dois finalistas foram europeus. Apenas o poder econômico explica isso?  
Juca Kfouri
 – O poder econômico e a globalização que permitiu a todos verem os quintais de todos. Além do mais, o modelo de gestão empresarial do futebol europeu transformou o futebol sul-americano em mero exportador de pé de obra, em vendedor de commodities, como nos tempos coloniais.

Existe solução para o futebol brasileiro com a CBF sendo o que sempre foi e continua sendo? Ou seja, uma instituição autoritária, fechada e suspeita?

JK – Existe desde que os clubes assumam o poder que têm. Como nada indica que isso venha a acontecer, o panorama é sombrio.

Não esquecer o afeto na hora da política

O racismo continua forte no universo do esporte, sobretudo nas torcidas. Recentemente, o ex-árbitro gaúcho Márcio Chagas relatou com detalhes a perseguição racial que sofre, inclusive hoje como comentarista de arbitragem. A que você atribui essa mácula?

JK – Ao racismo que vigora no Brasil desde sempre, à escravidão até hoje mal resolvida e à hipocrisia nacional.

Você acha que ainda verá jogadores de futebol assumindo explicitamente a condição de homossexual? 

JK – Duvido. E nem exijo heroísmo com o pescoço alheio…

A forte presença do evangelismo pentecostal entre os atletas é algo que, a seu ver, é positivo para o esporte? Ou não?

JK – Religião é coisa para ser tratada em seus templos, com todo respeito. Trazê-la para o estádio é uma ofensa aos que não creem e um acinte ao goleiro que sofre o gol e vê o artilheiro agradecendo ao seu deus. O goleiro não tem deus?

Você olha para a Copa dos Campeões da Europa ou a Premier League e compara com o Brasileirão, a impressão é que, no limite, trata-se aqui de outro esporte, mais tosco e primitivo. Qual é o seu sentimento diante disso?

JK – Exatamente este: o futebol que já foi chamado de "beautiful game" é hoje tosco, primitivo, resultadista.

Você lançou seu livro Confesso que Perdi onde, entre tantas histórias, relembra seu tempo de Ação Libertadora Nacional (ALN) nos embates contra a ditadura. Tem gente achando que agora existe mais ódio contra o dissidente ou o diferente do que naquela época. E você?

JK – É, o clima de intolerância agora é maior, facilitado pelas redes antissociais.

Você pretende escrever um segundo volume de suas memórias? Em caso positivo, o que contará?   

JK – Não. O que escrevi já foi arrancado à fórceps.

E o Brasil de 2019? Quando olha para o seu país, o que você vê?

JK – Vejo a necessidade de resistir, de ninguém soltar a mão de ninguém, de não esquecer o afeto na hora da política e de não desesperar, embora motivos não faltem diante do obscurantismo, da idiotia surreal que nos assola.

A grande imprensa errou, mas agora é tarde

Qual a culpa no cartório que a chamada grande imprensa tem nisso?

JK – Participou do golpe do impeachment e acreditou que controlaria o maluco. Começa a se dar conta que errou. É tarde.

Há quem entenda que Bolsonaro prestou um favor à visão real do Brasil. Suas declarações, seus gestos, seus votos, e seu governo revelaram um país que não se queria ver: racista, homofóbico, misógino, xenófobo e fascistóide. Você concorda?

JK – Em parte. Mas acredito mais em que muita gente votou por ignorância, pela força do poder econômico, por falta de opção. Lembremos que Lula liderava as pesquisas, ou seja, muito voto que seria dele foi para o maluco. De certa forma, o maluco é um Lula com sinal trocado.

Bolsonaro, Damares, Araújo, Mourão, Guedes, Olavo de Carvalho, Ônix… Você ainda tem alguma esperança?

JK – Nessa gente, não! Mas no povo brasileiro, sim! 

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: futebol
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.