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Início Política

ENCARCERAMENTO

PSL e outros 16 partidos criam frente para aprovar redução da maioridade penal

Especialistas criticam frente composta por 203 parlamentares lançada nesta semana em Brasília

26.jun.2019 às 19h47
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
Redução da maioridade penal pode aumentar o encarceramento em massa no Brasil

Redução da maioridade penal pode aumentar o encarceramento em massa no Brasil - Marcello Casal Jr/ABr

Na última terça-feira (25) foi lançada, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista da Redução da Maioridade Penal. A proposta é presidida pelo deputado federal Carlos Jordy (PSL –RJ) e composta por 194 deputados, nove senadores e 17 partidos políticos. 

A intenção da Frente é discutir as propostas que já tramitam no Congresso Nacional sobre a idade penal e garantir que todas sejam votadas. Um dos principais projetos de lei para os parlamentares que compõem o movimento é o PL 171/1993, que altera a idade de responsabilização penal de 18 para 16 anos. 

A alteração do artigo 228 da Constituição Federal defendida pelos apoiadores da redução da maioridade penal é duramente criticada por especialistas na área da infância e juventude. Para o advogado e coordenador executivo do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA), Pedro Pereira, o argumento utilizado de que a redução da idade penal contribuirá para diminuir a criminalidade é falso e mascara um problema ainda sem solução no Brasil: a superlotação das unidades de internação para jovens com restrição de liberdade e dos presídios. 

“Ela [redução da maioridade penal] pode ter um reflexo desastroso em relação ao atendimento dos direitos de adolescentes nesta faixa de 16 e 17 anos. O sistema penal está superlotado. De acordo com dados de 2016 publicado pelo Conselho Nacional de Justiça existem 612.217 presos no sistema penitenciário dos adultos. A grande maioria, 30,52%, são jovens entre 18 e 24 anos; um percentual muito grande de 71,15% possuem o ensino fundamental completo e 54,96% são pessoas negras, isso significa um recorte étnico importante de ser levado em consideração. Há uma ausência grande em políticas públicas nessa área para adolescentes nessa faixa de 16 e 21 anos e o reflexo disso é a cooptação para essa prática de crime”, explica Pereira.

Situação no Rio

Dados do relatório “Presídios com nome de Escola: inspeções e análises sobre o sistema socioeducativo do Rio de Janeiro” elaborado pelo Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro (MEPCT/RJ) em 2017 apontam que em 2011 havia 900 adolescentes cumprindo medidas socioeducativas de internação, internação provisória e semiliberdade no estado. Seis anos depois, o número saltou para 2.075 fazendo com que o  Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE) excedesse a sua capacidade de lotação em 43,49%.

Graziela Sereno é psicóloga e integra o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro. De acordo com ela, a superlotação das 25 unidades para o cumprimento de medidas socioeducativa do Rio impossibilita o o dos adolescentes à direitos básicos como saúde e educação.

“O ócio é que é a atividade nas unidades. O número de profissionais é reduzido. Tem uma unidade, no caso, que caberia 120 meninos e tem 300. O número de agentes e da equipe técnica é menor do que o pretendido, assim como o de vagas na escola. Se você extrapola, não tem como atender todos os meninos que lá estão. A alimentação é ruim, o à saúde também não é tão simples. Temos visto, no último ano, muitos casos de suicídio, adolescentes fazendo uso abusivo de medicação psicotrópica”, relata.

Encarceramento

Nesta quarta-feira (26), o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou a construção de 21 novas unidades para a rede DEGASE. De acordo com as informações de Witzel, até o fim do ano, o sistema socioeducativo contará com mais 400 vagas e após a construção das novas unidades serão mais mil vagas no total em comparação com a capacidade atual.

A solução apresentada pelo governo do estado pode representar, à princípio, uma tentativa de resolver o problema da superlotação do DEGASE, contudo reforça o problema do encarceramento em massa questionado por defensores de direitos humanos.

“A orientação que tem sido feita a partir de recomendações do Comitê da Criança, um órgão das Organizações das Nações Unidas (ONU), é que os países aumentem o tempo para a responsabilização penal dos adolescentes. Na Alemanha, Suíça e Inglaterra, eles têm experiências registradas de que há um investimento massivo em medidas educativas e isso têm reduzido o número de encarceramento de jovens naqueles países. Há um programa recomendado pelo Comitê da Criança de diversificação de medidas aplicadas que não sejam através de medidas judiciais. As práticas incluem a educação destinada a prevenir futuras infrações, a reparação dos danos às vitimas da infração e serviços comunitários. Isso tem surtido efeitos muito positivos na redução na prática de crimes de adolescentes e jovens”, detalha o coordenador do Cedeca.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: adolescenteencarceramentoradioagência
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