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Início Política

Racismo

“Desvio de finalidade”: juiz derruba nomeação de novo presidente da Fundação Palmares

Camargo coleciona manifestações contrárias às demandas do movimento negro e já afirmou que escravidão foi “benéfica"

04.dez.2019 às 15h59
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
Manifestantes protestam contra nomeação de Sérgio Carmargo, que se define como “negro de direita” e contrário ao que chama de “vitimismo”

Manifestantes protestam contra nomeação de Sérgio Carmargo, que se define como “negro de direita” e contrário ao que chama de “vitimismo” - Foto: Jornalistas Livres

A Justiça Federal barrou, nesta quarta-feira (4), a nomeação do novo presidente da Fundação Cultural Palmares, o jornalista Sérgio Camargo. Na decisão, o juiz Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará, afirma ser possível “supor que a nova presidência, diante dos pensamentos expostos em redes sociais pelo gestor nomeado, possa atuar em perene rota de colisão com os princípios constitucionais da equidade, da valorização do negro e da proteção da cultura afro-brasileira”.    

Camargo coleciona manifestações contrárias às demandas do movimento negro. Ele já chegou a afirmar, via redes sociais, que a escravidão teria sido “benéfica para os descendentes”, por exemplo. Esse é um dos motivos pelos quais sua indicação para o cargo vinha sendo duramente criticada por parlamentares, especialistas e integrantes de movimentos populares.

Nas redes sociais, o jornalista se define como “negro de direita” e contrário ao que chama de “vitimismo” e ao “politicamente correto”. Entre outras coisas, ele já mencionou que o país é marcado por um “racismo nutella” — utilizado para diminuir a questão no Brasil — e que “racismo real existe nos Estados Unidos”.  

A decisão judicial que suspende a nomeação vem como resposta a uma ação popular movida pelo advogado cearense Helio de Sousa Costa contra a União e a Casa Civil, à qual a fundação é vinculada política e istrativamente.  

No despacho dado nesta quarta, o juiz Matias Guerra destacou algumas das declarações de Camargo. Entre elas, o magistrado cita o fato de o jornalista ter chamado a filósofa e ativista Angela Davis de “comunista e mocreia assustadora”. A estadunidense é conhecida pelo ativismo em defesa de diferentes causas de direitos humanos, como, por exemplo, a luta contra o preconceito racial.   

Para Matias Guerra, Sérgio Camargo comete “excessos” ao fazer esse tipo de manifestação. O magistrado também sublinha, por exemplo, que a Constituição Federal de 1988 “deu especial proteção à cultura brasileira, com respeito aos diferentes segmentos étnicos nacionais”.

Ele lembra ainda que “a atuação institucional da Fundação Palmares é toda voltada à promoção e à preservação da cultura afro-brasileira, além do combate ao racismo e da identificação e do reconhecimento dos remanescentes de comunidades quilombolas”. O magistrado aponta, nesse sentido, que a nomeação de Camargo seria desvio de finalidade e que gerou “clima de instabilidade institucional”.   

A decisão judicial teve repercussão imediata por parte de diferentes parlamentares no Congresso Nacional, como é o caso do deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Comunidades Quilombolas. Ele anunciou a novidade no plenário da Câmara.  

“Faço questão de ler um trecho da decisão do juiz. Ele diz assim: ‘Evidenciado que a nomeação do seu Sérgio Nascimento para o cargo contraria frontalmente os motivos determinantes para a criação daquela instituição e a põe em sério risco’. Viva a luta do povo negro”, comemorou.

Talíria Petrone (Psol-RJ), uma das coordenadoras da Frente Parlamentar com Participação Popular Feminista e Antirracista, disse ao Brasil de Fato que a decisão judicial é “uma vitória diante de um momento de muitos retrocessos”.  

“É impossível alguém que acha que não há racismo no Brasil, onde o feminicídio é negro, a pobreza é negra, onde os homicídios vitimam mais negros. Não pode estar à frente de uma fundação que tem como papel justamente promover a cultura afro-brasileira”, afirmou, acrescentando que o discurso de Sérgio Camargo “ofende as lideranças negras”.

A nomeação do jornalista vinha sendo questionada também por meio de outros canais. Nos últimos dias, a titular da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, encaminhou à Procuradoria da República do Distrito Federal uma representação que pedia a anulação do ato de nomeação. A provocação foi feita inicialmente pelo Psol.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: fundação palmaresjustiçaracismoradioagência
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