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Início Política

Lula Livre

Ludimila Carvalho: “Fotografia me inseriu na militância”

Quilombola tocantinense, a líder de 15 anos luta pelo empoderamento negro dentro e fora da comunidade

01.fev.2020 às 18h44
Brasília (DF)
Emilly Dulce
Militante do Tocantins fez registro fotográfico da Marcha Lula Livre

Militante do Tocantins fez registro fotográfico da Marcha Lula Livre - Leonardo Milano

Ludimila Carvalho dos Santos luta por liberdade, respeito e direitos para seu povo. Nascida no Quilombo Dona Juscelina, em Muricilândia, no estado do Tocantins, a jovem de 15 anos é uma das lideranças da comunidade onde vivem 236 famílias. As paixões da vida de Ludi, como é conhecida no quilombo urbano, são a fotografia e a literatura.

Talento herdado do pai, que também é fotógrafo, Ludimila agora registra a Marcha Nacional Lula Livre com a equipe do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela Coluna Tereza de Benguela, que reúne as regiões Amazônica e Centro-Oeste do país. A quilombola também organiza atividades dentro e fora da comunidade na ótica do empoderamento negro e feminino. 

"A gente já nasce com uma trajetória de vida formada, porque nós temos uma bandeira para carregar, a bandeira quilombola, de um povo negro que resiste pelos seus direitos desde sempre, porque, a princípio, começa a abolição sem amparo nenhum e aí vem a marginalização de nosso povo, de nossas culturas e práticas religiosas", destaca Ludimila, que cursa o primeiro ano do ensino médio em um colégio estadual de Muricilândia. 

Registro feito pela quilombola da participação do Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel/ Créditos: Ludimila Carvalho

A quilombola ajudou a construir um núcleo de estudos afro-brasileiro e quilombola na principal escola estadual do município como instrumento de reconhecimento e autoaceitação. Neste sentido, defende que os currículos escolares precisam valorizar e incluir a herança da negritude nas instituições públicas e privadas, como é garantido por lei. "Nós não somos vistos nos livros didáticos e, quando isso acontece, somos marginalizados".

A literatura negra inspira a jovem notável pelo semblante guerreiro e carismático. "Eu adoro Carolina Maria de Jesus, foi um dos primeiros contatos que eu tive com a literatura negra na minha vida, então foi algo bem revelante no momento. Para mim, ela é um ícone". 

O incentivo de Ludimila une sonhos pessoais com a trajetória de seu povo resistente à escravidão. "Através das histórias contadas e dos fatos expressados por meio da dança, do teatro, das manifestações trazidas pela nossa matriarca Dona Juscelina, eu me motivo todos os dias, desde que eu me levanto até o anoitecer. Eu penso em tudo o que meu povo lutou até agora e em tudo que a gente tem que continuar lutando para que essa resistência um dia tenha fim, mas com a vitória concreta". 

Dona Juscelina foi a mulher que levou o sentimento quilombola para a comunidade formada na década de 1950. Revolucionária, como Ludimila a define, ela lutou contra a perseguição da época, incorporando, na comunidade, danças populares, como o rebolado, o lindô e o cortejo. 

Para a quilombola, a luta pela soberania popular brasileira é unidade em todas as comunidades tradicionais. "Essa luta é do MST, dos povos indígenas e dos quilombolas, pela conquista do território, que muito representa para nós, enquanto negros, comunidades tradicionais e povos que têm relação com a terra". 

Ludi vê união dos povos tradicionais como elemento fundante da soberania popular/ Créditos: Leonardo Milano

"Hoje, nossa participação na marcha representa nossa luta primordial, que é a reconquista de nosso território", diz Ludimila. O Quilombo Dona Juscelina teve suas terras tomadas por latifundiários na década de 1960 e, por isso, precisou migrar para a cidade. 

Só em 2008, a titulação do território remanescente de quilombos foi reconhecida pela Fundação Cultural Palmares. Hoje, a comunidade tem um processo aberto no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pela demarcação do território.

Esperançosa por um novo projeto de Brasil, Ludimila se sente no papel de disseminar pelas gerações a carga histórica de seu povo. "É uma luta pessoal, mas também coletiva. É algo que sai de dentro de mim como uma chama que queima e não vai se apagar enquanto a gente não atingir nosso alvo". 

Créditos: Leonardo Milano

"O que nos une hoje nessa marcha é a reforma agrária, o direito à terra e o direito de Lula livre e presidente, porque foram muitos os progressos que o Brasil e as comunidades tradicionais aram com as políticas públicas no mandato dele. Então são direitos que nos têm garantido e agora tem retrocedido com o governo golpista, que não liga para o povo brasileiro e para a soberania popular", analisa a jovem quilombola. 

Neste ano, Ludimila conseguiu uma bolsa de iniciação científica pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) para pesquisar a fundo sobre o tema da memória ancestral.

Editado por: Rafael Tatemoto
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