Steve Bannon, estrategista de extrema direita e ex-conselheiro de Donald Trump na Casa Branca, foi preso nesta quinta-feira (20) sob a acusação de desvio ilegal de dinheiro doado para a construção do muro entre Estados Unidos e México.
Ele e outras três pessoas teriam enganado os doadores que contribuíram para a arrecadação de fundos online "We Build The Wall (Nós Construímos o Muro), que angariou US$ 25 milhões, cerca de R$ 142 milhões.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, ao menos US$ 1 milhão teriam ido para o próprio Bannon, que utilizou o dinheiro para outros fins.
Promotores federais em Nova York anunciaram que, além do estrategista consultado pela família Bolsonaro durante as eleições presidenciais, foram acusados Brian Kolfage, Andrew Badolato e Timothy Shea. Kolfage é apontado como fundador da operação.
Relações com a família Bolsonaro
Em 2018, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, se reuniu com Bannon para criar uma “parceria”, conforme divulgado por ele.
Fora da agenda oficial, o chanceler brasileiro Ernesto Araújo se encontrou com Bannon, em setembro de 2019, para conversar sobre o discurso do presidente, em Nova York, na abertura da Assembleia Geral da ONU.
Bannon também é um dos responsáveis pela campanha de Trump à reeleição este ano.
