A TVT e o Grupo Prerrogativas recebem o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Vice-presidente da I da Covid, Randolfe participa do Prerrô na TVT numa semana de intensa atividade da comissão, em que depoentes enrolados com negócios suspeitos abusaram do direito de ficar calados e de não responder nem mesmo questões que não poderiam incriminá-los. Porém, a documentação em poder da I é farta em evidências de irregularidades e os próximos dias têm ainda muitas questões a serem levantadas em torno das investigações. A I terá até novembro para apresentar relatório em que serão apontados crimes comuns e crimes de responsabilidade cometidos ao longo da pandemia do novo coronavírus por autoridades da República. A começar pelo presidente Jair Bolsonaro, mas que devem alcançar também diversos agentes públicos, empresas e pessoas físicas.
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“Bolsonaro tem de ser a enquandrado em diversos crimes cometidos na pandemia”, afirma o senador. Entre eles, o de charlatanismo e de corrupção. Por isso, avalia Randolfe, o presidente engrossa o discurso golpista contras as instituições da República e tenta desqualificar precocemente o processo eleitoral. “Assim, o desespero assola o presidente da República. O único jeito de ele não ser preso é ser reeleio em 2022.” O senador avalia ainda que o procurador-geral da República, Augusto Aras, responsável por uma forte blindagem a Bolsonaro e a outros apoiadores do governo, deverá ser fortemente questionado em sabatina no Senado, caso queira ser reconduzido ao cargo para mais um mandato.
Acompanhe o programa
Randolfe Rodrigues é líder da oposição ao governo Bolsonaro no Senado e senador mais votado da história do estado do Amapá nas eleições de 2010. É professor, graduado em História, bacharel em Direito e mestre em políticas públicas pela Universidade Estadual do Ceará. Foi deputado estadual por duas vezes, sendo eleito pela primeira vez em 1998 e reeleito em 2002, ambos mandatos conquistados com o PT, legenda que deixou em 2005 para filiar-se ao Psol. Em 2010, foi eleito o mais jovem senador daquela legislatura, tendo obtido a maior votação da história do Amapá: mais de 200 mil votos. Em 2015, filiou-se à Rede Sustentabilidade. Em 2018, foi reeleito senador com mais de 264 mil votos, a segunda votação mais expressiva do Brasil e a maior do Amapá.