Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

Cinema Nacional

Arte política: diversidade de raça, gênero e religião no cinema produzido no Ceará

"Cabeça de Nego" e "Arreda homem que chegou mulher", obras para além da representatividade, com a cara do Brasil real

29.out.2021 às 13h43
Fortaleza (CE)
Camilla Lima

O filme "Cabeça de Nêgo" aborda uma discussão sobre o racismo e a precariedade do sistema educacional público brasileiro. - Foto: Divulgação

“Macaco”! Saulo ouve o insulto de um colega de escola, não leva o desaforo pra casa e derruba o material do aluno que o xingou. O professor, que só viu esse momento da cena, expulsa Saulo de sala. O enredo retrata algo corriqueiro na vida de Saulo, jovem da periferia de Fortaleza, no Ceará, roteirizado no longa “Cabeça de Nêgo”, produção que aborda, para além de outras pautas, o racismo estrutural na sociedade brasileira. A história contada é a do Saulo, mas traz para as telas do cinema o cotidiano de muitos jovens brasileiros, como aponta o diretor do filme, Déo Cardoso: “o meu protagonista, ele é um personagem muito comum, muito presente em todas as turminhas, em todas as escolas, que é aquela figura de um líder, mas um líder que não preenche ali o estereótipo do que vem a ser um líder”.

O filme aborda uma discussão sobre o racismo e a precariedade do sistema educacional público brasileiro. Produzido e distribuído pela Corte Seco Filmes, fez sua estreia mundial na Mostra de Cinema de Tiradentes, em 2020, onde foi ovacionado de pé ao final da sessão. É protagonizado por Lucas Limeira e conta ainda com as participações de Jéssica Ellen, Nicoly Mota, Jennifer gley Carri Costa, Mateus Honori e Val Perré. Está em cartaz nos cinemas de Aracaju (SE), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA)  e São Paulo (SP).

No “Cabeça de Nego”, a pauta racial está presente não só pelo que se vê na tela, a obra completa, desde o seu processo revela a potência e a sensibilidade de um cinema feito por um diretor negro, com atores e produção em sua maioria, negros. “Eu me sinto responsável por construir esse legado, de pautar essas questões dentro do entretenimento, porque eu não posso esquecer que o cinema é uma arte narrativa. Então, acho muito importante fazer essa pauta racial dentro do cinema, que é uma ferramenta potente, tanto de entretenimento, pra gente acompanhar, para gente fruir da obra, quanto também da pauta política. Porque eu acredito muito nessa simbiose, nessa união, nessa politização através do entretenimento”, defende Déo Cardoso.

:: Mostra de cinema negro Zózimo Bulbul em modalidade virtual e presencial começa na quarta (27) ::

O longa-metragem fez sua estreia nacional no circuito comercial no dia 21 de outubro, com índices expressivos de público nas salas em todo o Brasil. “Cabeça de Nêgo” chegou a figurar na lista entre os 15 filmes indicados para representar o Brasil no Oscar, na categoria “Melhor filme estrangeiro”. Ganhador de 2 prêmios (Prêmio de Melhor Longa-metragem e Mostra Olhar do Ceará, pelo Festival Cine Ceará 2020, e Melhor Longa-metragem pela Associação de Crítica Cearense de Cinema), foi o longa mais assistido na Mostra de Cinema Negro Zózimo Bulbul (2020), já ou por cerca de 12 festivais e está em exibição em diversas salas pelo país. 

Protagonismo feminino

Na mesma pegada da representatividade, também foi exibido este mês no Cine São Luís, em Fortaleza, o curta “Arreda homem que chegou mulher”. Três mulheres, umbandistas, mães de santo vivem sob a pedagogia das Senhoras Pombagiras. Essa é a narrativa do curta-metragem documental, também de produção cearense, que registra o cotidiano de Telma, Cristina e Elisa e seus respectivos terreiros, com a premissa de compreender como esses espaços podem ser escolas de formação e emancipação feminina. Com elenco majoritariamente feminino, na frente e por trás das câmeras, o filme é dirigido por Renata Monte e tem produção executiva de Luana Caiube.


Para a diretora, a ideia do documentário é mostrar toda a potência feminina que brota dentro dos espaços de vivência nos terreiros. / Foto: Camila de Almeida

Para a diretora, a ideia do documentário é mostrar toda a potência feminina que brota dentro dos espaços de vivência nos terreiros: “a nossa ideia era construir um filme que não só abordasse a vida delas, mas abordasse a questão de os terreiros serem espaços educativos, espaços escolares na formação dessas mulheres, entendendo que terreiros são espaços de potência pra gente crescer. E foi a partir disso que surgiu o filme”. Para a produtora Luana Caiube, é fundamental tensionar esses espaços e trabalhar o protagonismo feminino como forma de ocupar lugares que lhes foram usurpados: “além de sermos mulheres de terreiros, nós somos também idealizadoras de um projeto sobre o protagonismo feminino aqui do estado do Ceará, que chama ‘Peixe-mulher’. Pra gente é de fundamental importância trabalhar nas frentes do protagonismo feminino tentando tomar de volta lugares renegados pra gente tanto na arte como na religião como em qualquer lugar que a gente ouse buscar ocupar”. 

:: Bolsonaro traz insegurança à liberdade de crenças, mesmo com lei contra intolerância religiosa ::

Representatividade para além da obra

Das telas do cinema para as discussões na rua, as duas obras têm em comum a intencionalidade no utilizar o audiovisual como ferramenta de expressão e fomento quando se trata de diversidade e representatividade. Sobre essa questão, Déo Cardoso afirma: “Eu sou um homem preto, fiz um filme "Cabeça de Nêgo" com pautas do movimento negro que eu acredito, mas eu tenho plena ciência de que isso é apenas uma visão da negritude, que pode ter uma outra pessoa preta que não vai concordar com algum tópico. A população preta, assim como a população indígena, assim como a população LGBTQIA+, nós não somos homogêneos, mesmo dentro dos grupos, mas o que importa é pautar essas questões, discuti-las e visar o bem de toda essa galera que é oprimida historicamente”.

Para Luana Cauibe, o cinema e o audiovisual como um todo oferecem muitas possibilidades. Não é só se ver nas telas, por isso ela declara que as pontes já começaram a ser construídas: “A gente tá querendo construir um caminho diferente, a gente quer somar as forças, a gente quer conhecer, consumir o trabalho de outras mulheres, a gente entender onde elas se reabastecem e criar essa rede”, finaliza. 

Para mais informações sobre os filmes
@cabecadenegoofilme
@_peixemulher

Editado por: Camila Garcia
Tags: brasil de fato cecinema brasileirocinema nacional
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

DEPORTADOS

Governo de Israel confirma que barco com Greta e Thiago Ávila foi levado até o porto de Ashdod

Antirracismo

Pensadora estadunidense Ruth Gilmore lança livro no Brasil e avisa: ‘Abolição é processo contínuo’

DIGNIDADE

Ocupação Maria da Conceição Tavares, no centro de Porto Alegre, celebrou um ano nesse domingo (8)

'LAMENTÁVEL'

Por petróleo na Foz do Amazonas, governador do Pará tenta deslegitimar ciência como Trump e Bolsonaro, diz pesquisadora

INSTRUÇÃO PENAL

Defesas de Bolsonaro e Braga Netto confrontam Mauro Cid em depoimento no STF

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.