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Resistência

Artigo | Medida provisória: uma obra e uma convocação

"Essa obra é uma grande contribuição para refletirmos sobre nossa história, nossa caminhada, nossa resistência"

13.maio.2022 às 16h24
Brasília (DF)
Andrey Roosewelt Chagas Lemos

Em 2011 Aldri começou a produção do livro Namíbia Não!, que veio dar origem ao filme que estreia nesta semana - Medida Provisória / Divulgação

Me chamo Andrey Lemos, bixa preta, da periferia do norte da capital sergipana, historiador, mestre em políticas públicas residindo em Brasília e atuando no SUS (Sistema Único de Saúde).

Desde 1987, aos 14 anos de idade, percebi que para pessoas como eu só tinha como sobreviver se estudasse e lutasse – lutasse muito – contra toda essa estrutura que segrega, oprime, hierarquiza e desumaniza pessoas, identidades, afetos, vidas. Atualmente sou presidente da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, a UNALGBT do Brasil.

Cara leitora, caro leitor, escrevo para compartilhar com vocês a alegria de estar vivo e ter a oportunidade de ter assistido à estreia, na capital do país, especificamente no Cine Liberty, acompanhado de um grupão de pretas e pretos, do Filme de Lázaro Ramos, Medida Provisória, com um elenco majoritariamente prete.

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Escrevo porque é necessário celebrar uma grande produção como essa, do cinema contemporâneo, construída majoritariamente por pessoas pretas, que ainda enfrentam muitas dificuldades para garantirem financiamento, apoio, parceria, patrocínio, uma vez que, objetivamente, nossa sociedade não acredita, não oportuniza, não apoia produções artísticas que falam sobre nós e feitas por nós.

É preciso reconhecer que essa obra é uma grande contribuição para refletirmos sobre nossa história, nossa caminhada, nossos itinerários de resistência enquanto povo preto desde nossa chegada aqui no Brasil, porque sempre fomos perseguidas e perseguidos, porque sempre tivemos de enfrentar inúmeras estratégias institucionalizadas que nos reduziam, nos violentavam, e seguem tentando nos desestabilizar para que não consigamos sobreviver, porque a economia e a sociedade brasileira foram construídas em cima do patriarcado e do escravagismo.

O acúmulo do Capital só foi possível porque fomos explorados e os mecanismos de exclusão seguem sendo estabelecidos, para nos oprimir e nos negar um lugar nas cidades. Ao longo dessa trajetória nosso povo vem lutando, resistindo, tentando construir oportunidades e seguimos sendo perseguides. Por isso devemos pensar como enfrentar o momento que estamos vivendo no nosso país.

Seguem desvalorizando nossa presença, nosso legado cultural e ainda existe uma grande parcela da população brasileira que segue nos inviabilizando, que tenta nos exterminar. Então o filme não é uma distopia, não é uma ficção, vivemos essa realidade indireta. A hora requer (e a obra sugere) que pensemos como reagir contra os racismos.

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O sistema político no Brasil é, sim, excludente, seguimos abandonades, entregues à nossa própria sorte, gritando por justiça social. Conquistamos ações afirmativas, políticas de equidade, mas a realidade segue perversa, e é preciso enxergarmos que os racismos estão acabando com nossos sonhos.

O filme traz uma abordagem com uma linguagem que nos provoca muitas reflexões, mas também aponta caminhos de luta e resistência. Penso que o público vai se sentir provocado, questionado, pressionado a se posicionar: qual o lugar meu, seu, nessa luta?

Uma linda trilha sonora que nos instiga a olhar para dentro, um elenco muito preparado e talentoso, um reencontro com vários tempos, que nos faz chorar, mas principalmente nos leva à indignação com as opressões que sofremos.

A obra finaliza nos mostrando que o caminho é o aquilombamento, que se não nos unirmos desapareceremos, que é urgente ocuparmos os espaços, lutar por representatividade engajada e comprometida, e assim nos convoca a nos mobilizar, a denunciar todas as violências, para que no futuro possamos alcançar de verdade cidadania, justiça social e igualdade de oportunidades.

Mais que recomendar que você assista, eu proponho inúmeras marchas. Vão aos cinemas, levem familiares, amigues, alunes, e comentem, se mexam, insurjam, rebelem-se, reajam contra as desigualdades de direitos, antes que seja tarde demais. Seja antirracista!

*Andrey Roosewelt Chagas Lemos é doutorando em saúde coletiva e presidente nacional da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT).

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato – DF.

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Editado por: Flavia Quirino
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