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ensinando a lutar

Boxe Autônomo inaugura academia antifascista no Centro de São Paulo

"Vemos o boxe dentro da perspectiva de transformação social: o esporte não está fora da política", diz treinador

25.jun.2022 às 12h51
São Paulo (SP)
Gabriela Moncau

O projeto, que começou em 2015, tem atletas de alto rendimento e alunos recreativos - Daniella Origuela

Combate ao machismo e à homofobia, antirracismo e antifascismo são alguns dos valores cultivados pelo Boxe Autônomo, que inaugura sua nova academia neste sábado (25), no bairro do Bom Retiro, região central da capital paulista. Localizada no centro cultural A Casa do Povo, a academia é novidade, mas o Boxe Autônomo já tem anos de história, com dezenas de alunos e atletas iniciando suas carreiras no esporte competitivo e de alto rendimento.

"A ideia é pensar o esporte dentro do contexto da luta social", relata Raphael Piva, cofundador e treinador do Boxe Autônomo, projeto que foi criado por pessoas com diferentes experiências.

Piva e Guilherme Miranda jogam no Autônomos F.C, time anarquista de futebol de várzea, e atuaram no Comitê Popular da Copa, articulação que denunciou as violações de direitos durante a Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014. Breno Macedo é de uma família de pugilistas, que tem uma academia de projeção em Rio Claro, interior paulista, a MM Boxe.

Os três se juntaram com o intuito de proporcionar às pessoas o direito ao esporte e ao lazer e, ao mesmo tempo, fazer da academia um espaço formativo. "A ideia é levar a cabo o projeto de uma academia popular antifascista. Popular no sentido que seja ível a todas as pessoas", diz Piva.

Refugiados, favela do Moinho e violência policial

Os treinos começaram no fim de 2015 na Ocupação Leila Khaled, no bairro da Liberdade, onde, além de brasileiros, vivem sírios e palestinos refugiados das guerras em seus países.


O Boxe Autônomo se inspira em uma experiência de academias populares da Itália / Daniella Origuela

Depois de ar por praças e pela Ocupação Mauá, na Luz, em 2017 o Boxe Autônomo se estabeleceu na Favela do Moinho, a última da região central, incrustada em cima dos trilhos da linha 7 da TM.

A mudança de local atendeu a um chamado dos moradores da favela para ações de fortalecimento da comunidade, depois que, em junho daquele ano, a Polícia Militar torturou e assassinou Leandro de Souza Santos, um jovem de 18 anos, dentro de seu barraco.

"O boxe é uma coisa muito grande na minha vida"

Foi numa dessas aulas no Moinho, onde vivem, que apareceram os adolescentes (na época, crianças) Kelvy Alecrim e Marcela Barros, ambos hoje com 16 anos. Bi-campeão paulista, Kelvy conquistou o título brasileiro em 2021 pela categoria cadete e é promessa olímpica para 2028. Marcela pratica boxe há dois anos e é campeã paulista.

Nascida em Campina da Lagoa (PR), onde seus pais trabalhavam como lavradores, Marcela chegou a São Paulo com sua família em 2018. "Comecei a treinar por diversão, nunca imaginei que ia levar a sério e que o boxe ia abrir várias oportunidades na minha vida", conta. Tomou gosto, viu que se saía bem e começou a competir. "O boxe é uma coisa muito grande na minha vida. Me ensinou muita coisa – não só do ponto de vista esportivo", conta.  

:: Mobilizações antirracistas no futebol ganham destaque no Programa Bem Viver ::

Kelvy, filho de uma capoeirista que lhe ensinou a jogar desde pequeno, nasceu na cidade de Canoãozinho de Presidente Dutra, no sudoeste da Bahia. Tinha 11 anos quando veio para São Paulo com sua família e conheceu o Boxe Autônomo.

Depois de treinarem desde 2018 de forma improvisada na laje da Casa do Povo, é na nova e reformada academia, mais estruturada, que os jovens vão se preparar para o Campeonato Brasileiro de categoria de base em setembro, em Foz do Iguaçu.

Combate às opressões 

"O universo da luta é muito povoado por valores homofóbicos, machistas, transfóbicos", descreve Piva. Certa noite,  conta ele, um homem chegou no treino e ficou parado, observando durante muito tempo. "Pô, não quer treinar?", Piva perguntou. Tímido, ele disse que não. Quando já estava apagando as luzes e fechando as portas, o homem se aproximou de Raphael. Disse que amava boxe, mas que por ser um homem trans, não conseguia se inserir. Ficou sabendo do Boxe Autônomo. Foi de Guarulhos até lá para conhecer.

Em outra ocasião, no meio do aquecimento, um dos adolescentes perguntou "o que é nazismo?", conta Piva. "Acaba sendo um espaço de educação. Outro dia a gente estava treinando e começamos a falar sobre marcadores sociais da diferença", ilustra.

A inauguração da academia recém reformada é durante toda a tarde deste sábado (25). Comida, bebida e atrações como o Pagode na Lata (grupo que atua na Cracolândia na perspectiva da redução de danos e geração de renda por meio da arte), apresentações de poesia e combates de exibição preenchem a programação das 15h às 21h.

 

Editado por: Nicolau Soares
Tags: antifascismoculturaesporte
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