Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

BALANÇO

Há um mês na terra Yanomami, força-tarefa federal tem desafio de manter trabalho de longo prazo

Ampliação de atendimentos salvou vidas, mas demanda por saúde e comida seguem altas em meio à permanência de garimpeiros

24.fev.2023 às 12h31
Atualizado em 25.fev.2023 às 12h31
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla

Bebê Yanomami recebe atendimento em hospital de campanha montado pela FAB em Boa Vista (RR) - ©Michael Dantas / AFP

A emergência em saúde na Terra Indígena Yanomami (RR), declarada pelo governo federal em 21 de janeiro, não está perto do fim. As ações humanitárias e de expulsão de parte dos garimpeiros ilegais trouxeram alívio à crise e salvaram vidas. Mas as demandas por comida e saúde seguem altas, e o restabelecimento da segurança alimentar promete desafiar as autoridades públicas. 

Abandonado nos últimos anos segundo denunciaram todas as organizações indígenas locais e nacionais, o território dos povos Yanomami e Ye’kwana ou a ser prioridade do governo Lula (PT), que levou para a terra indígena reforços do Ibama, Forças Armadas, Funai e equipes do Sistema Único de Saúde. 

“Ainda está ocorrendo remoção de pacientes mais graves, que estão indo para o Hospital Geral de Roraima. O que está se tentando  fazer é restabelecer a saúde, os polos base e as UBS nos territórios Yanomami, que ficaram fechados nesse período todo”, diz a antropóloga e indigenista do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Gilmara Fernandes Ribeiro.

Segundo ela, o trabalho de restruturação da saúde deve perdurar por meses. “A região do Homoxi, por exemplo, ficou um ano sem atendimento. Quatro polos de saúde foram abandonados e fechados por causa da invasão e das ameaças de garimpeiros”, complementa. 

Leia mais: Internet de Elon Musk é vendida a garimpeiros na terra Yanomami por compradores de ouro ilegal

No último balanço da emergência em saúde divulgado pelo governo federal, até 20 de fevereiro mais de 5 mil atendimentos médicos já haviam sido realizados. Só no hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em Boa Vista (RR), mais de 1,5 mil indígenas foram tratados. 

O polo de saúde em Surucucu, onde os indicadores de saúde são um dos piores, alivia a demanda nos hospitais de Boa Vista que estão lotados de indígenas, mas não possui estrutura para tratar casos graves. 

Por isso, a organização não governamental EDS (Expedicionários da Saúde) anunciou que vai destinar R$ 3 milhões para montar um hospital de campanha em Surucucu, possibilitando atendimentos complexos em uma das regiões mais devastadas pelo garimpo ilegal. 

Ibama não tem estimativa de quantos garimpeiros fugiram 

O espaço aéreo sobre o território foi fechado pela FAB durante uma semana e deve seguir parcialmente reaberto até maio. Sem os aviões que transportam carga, os invasores começaram a sofrer com a falta de comida e combustível. Parte deles bateu em retirada, mas nem todos. 

“É muito difícil ter uma estimativa de quantos garimpeiros já deixaram o território e quantos ficaram”, disse o coordenador de operações de fiscalização do Ibama Hugo Loss. 

Segundo ele, a estratégia principal do órgão ambiental tem duas frentes. Uma é o estrangulamento das principais linhas de fornecimento e rotas comerciais e outra é o ataque efetivo nas frentes de expansão dos garimpos onde os garimpeiros estão instalados.

“A diferença agora é que estamos com um planejamento de executar ações de longo prazo no território. Anteriormente a gente ficava pouco tempo, conseguia executar a destruição dos equipamentos e dos bens empregados na atividade ilegal, mas rapidamento os garimpeiros retornavam a atividade. Então agora a estratégia é manter as equipes fixas durante um longo período de tempo como estratégia de retomada do território”, explicou o chefe de operações do Ibama. 

Postura de Lula foi fundamental, diz chefe de operações do Ibama 

O servidor de carreira do Ibama vê um diferença drástica entre as posturas do governo de Jair Bolsonaro (PL), investigado sob suspeita de genocídio contra os Yanomami, e de seu sucessor na presidência.

“Se você comparar a ação do Lula de ir à Roraima e dizer que vai acabar com o garimpo na terra indígena Yanomami, em questão de dias já houve uma mobilização, como o fechamento do espaço aéreo. Diversos garimpeiros saíram do local. Você consegue perceber que a fala do presidente tem um papel significativo para conter o garimpo nesse momento. E certamente a fala do presidente tem o mesmo efeito quando ele diz o contrário”, disse, referindo-se às declarações públicas de Bolsonaro que incentivaram o garimpo ilegal. 

Ainda conforme Loss, outra medida fundamental foi o lavramento de multas que somam R$ 12,6 milhões à empresas por venda irregular de combustível de aviação a garimpos na terra Yanomami. 

:: Base federal no território Yanomami é alvo de ataque armado de garimpeiros ::

Mesmo assim, a presença de garimpeiros continua provocando episódios de violência. Na última semana, uma base do Ibama foi atacada na região do Palimiu, onde o garimpo é conduzido por facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Garimpeiros armados furaram o bloqueio montado no Rio Uraricoera e atiraram contra agentes do órgão que abordaram uma das embarcações. Um garimpeiro ficou ferido e foi preso.

Distribuição de alimentos tem logística insuficiente 

A força tarefa federal tem dificuldade para expandir os atendimentos a todo o território. O motivo é a má conservação das pistas de pouso e a baixa disponibilidade de aeronaves militares para levar equipes médicas e cestas básicas, conforme revelou com exclusividade o Brasil de Fato. 

:: Exclusivo: Forças Armadas seguem ignorando pedido de ajuda para entregar alimentos aos Yanomami ::

Apesar da logística insuficiente, o Ministério de Saúde informou que foram distribuídas mais de 5,5 mil cestas de alimentos aos indígenas. A estimativa mensal de entrega é de 12,6 mil cestas com uma cobertura estimada de 282 comunidades em situação de insegurança alimentar. Nesses locais, vivem cerca de 21 mil pessoas.

Diante da descoberta de um esquema de corrupção que deixou 10 mil crianças indígenas sem remédio para verminose, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) promoveu uma intervenção istrativa no Distrito de Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), afastando a ingerência de políticos locais na saúde indígena. 

E depois da emergência? 

Se o governo Lula for bem sucedido em zerar os atendimentos emergenciais e expulsar todos os garimpeiros, o principal desafio será garantir a segurança alimentar dos indígenas. 

Para o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o alto grau de contaminação por mercúrio e de desagregação social das comunidades provocada pelo garimpo produziu impactos duradouros que dependerão de políticas públicas eficazes para serem superados a longo prazo.

“Será preciso restabelecer o cultivo de roças nessas comunidades, assegurando a alimentação também por meio do fortalecimento da caça e pesca, que estão muito impactos por causa do garimpo. Esse é um desafio que vai demandar muito trabalho de todos os órgãos responsáveis, em junto com as organizações indígenas”, avaliou Gilmara, do Cimi de Roraima. 

Para a indigenista, essas iniciativas terão que responder à realidade dos Yanomami, um povo agricultor, caçador e coletor que vive da floresta. "Essa floresta vai ter que voltar a responder a isso. E aí vem um trabalho ecológico de estruturação. Acho que vai ter que se pensar em algumas comunidades mudarem de região, por causa da questão da contaminação e da depredação ambiental", projeta Gilmara. 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: amazôniabolsonaroibamalularoraimaterras indígenasyanomami
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ESPECULAÇÃO

Governo Nunes expulsa população da Cracolândia para favorecer imobiliárias, diz ativista

foragida

Moraes determina início de processo para extradição de Carla Zambelli

DIVERGÊNCIAS

Lula diz que França deve propor mudanças sobre acordo UE-Mercosul se vê problemas

protegendo o capital

Motta ameaça pautar derrubada de decreto do IOF na terça

ASSISTA

Bem Viver destaca resistência de comunidades tradicionais em meio à crise climática e degradação ambiental

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.