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Memória

Vigília e marcha pela democracia: uruguaios realizam atos para recordar 50 anos do golpe

Última ditadura do país, que durou 12 anos, teve início no dia 27 de junho de 1973

27.jun.2023 às 15h42
Victor Farinelli
|Opera Mundi

Ato pela memória no Uruguai, em - Pablo Porciuncula / AFP

Diversos coletivos e organizações políticas e sociais do Uruguai realizam nesta terça-feira (27/06) diferentes atos para recordar uma das datas mais sentidas no país: o aniversário do golpe de Estado que deu início à última ditadura do país, que completa meio século este ano.

Os eventos tiveram início nesta segunda-feira (26/06), quando o Congresso Nacional realizou uma sessão especial, iniciada com um minuto de silêncio e seguida de por série de homenagens aos parlamentares que sofreram perseguição após a dissolução do parlamento, há 50 anos.

Ainda nesta segunda, diversos coletivos realizaram vigílias em frente aos edifícios do Congresso e do Palácio Estévez, antiga sede do Poder Executivo – atualmente usada para eventos protocolares e como museu histórico.

Na manhã desta terça, a aliança formada pelo Plenário Intersindical de Trabalhadores e pela Convenção Nacional dos Trabalhadores (PIT-CNT) realizou uma marcha pelo centro de Montevidéu. O evento, segundo os organizadores, serviu não só para relembrar o aniversário do golpe como também para reivindicar as principais demandas atuais do setor trabalhista, assim como a defesa da água, o fortalecimento das empresas públicas, e questões relativas aos direitos humanos.

O vice-presidente da PIT-CNT, José Lorenzo López, disse em comunicado à imprensa local que este será “um dia de memória e luta”, e recordou que o golpe de 1973 foi dado quando o Uruguai vivia um contexto de greve geral dos trabalhadores.

“A greve (de 50 anos atrás) não surgiu de um dia para o outro, pois já vinha sendo discutida e preparada há muito tempo. Nesse quadro, combinou-se algo semelhante ao que está acontecendo agora, pois em meio à situação que o país vivia, os sindicatos exigiam uma visão de país diferente da que tinha o governo da época”, afirmou o sindicalista.

A Universidade da República, maior universidade pública do Uruguai, também programou diversos atos, palestras e cerimônias, em seus diferentes campus, para recordar os 50 anos do golpe. O principal será o seminário "Partidos Políticos e Poder Judiciário durante o Golpe", que será organizado pelo Instituto de Ciências Políticas da casa de estudos.

Contexto histórico

Em 27 de junho de 1973, o então presidente Juan María Bordaberry decretou a dissolução do Congresso, com o argumento de que alguns parlamentares eram aliados de grupos considerados “terroristas”, como o Movimento de Liberação Nacional (MLN), mais conhecidos como “Tupamaros” – apelido que, com o tempo, levou a sigla a mudar para MLN-T.

“As ações delinquentes de conspiração contra a pátria, aliada à grupos políticos que carecem de sentido nacional, se encontram instaladas nas próprias instituições, de forma encoberta, camuflando-se em uma atividade formalmente legal”, afirma o texto do decreto.

A medida apontava não só a incrementar a perseguição aos tupamaros (grupo ao qual pertencia José “Pepe” Mujica, que seria presidente do país entre 2010 e 2015) como também a criminalizar políticos da então recém-nascida Frente Ampla de Esquerda, como Líber Seregni, Rodney Arismendi e Alba Roballo.

O decreto de Bordaberry foi um autogolpe. Eleito democraticamente em 1971, o líder do tradicional Partido Colorado ou a ser ditador do Uruguai, apoiado também pelo Partido Blanco (hoje chamado Partido Nacional, o mesmo do atual presidente Luis Lacalle Pou) e pelas Forças Armadas, aliança que permitiu a ele governar sem parlamento até 1976, auxiliado por um Conselho de Segurança Nacional (COSENA) dominado por militares.

Além das mais de 5 mil pessoas presas por motivos políticos, a ditadura uruguaia se caracterizou por seu forte aparato de tortura e pelo regime de isolamento imposto a alguns dos líderes tupamaros.

O filme “Uma Noite de 12 Anos”, do diretor Álvaro Brechner, retrata as violências sofridas por três desses presos políticos: Pepe Mujica, Eleuterio Fernández Huidobro (que seria ministro da Defesa do governo de Mujica) e Mauricio Rosencof. Este último foi o autor do livro que inspirou a película.

Ao deixar o poder, em junho de 1976, Bordaberry entregou o poder a outro político colorado, Alberto Demicheli, que governou interinamente por apenas três meses. O acordo entre os setores golpistas visava um revezamento na Presidência e o Partido Blanco exigia governar a partir de então. Em setembro daquele ano, o líder blanco Aparicio Méndez assumiu o poder, que manteve até 1981.

Para completar o acordo da tríade golpista e confirmar que se tratava de uma ditadura civil-militar, o último período da ditadura, entre 1981 e 1985, foi liderado pelo general Gregorio Álvarez, que comandou o COSENA nos anos anteriores.

O Uruguai só voltou a ter eleições em 1984, pleito vencido por Julio María Sanguinetti, do Partido Colorado, o mesmo que apoiou e iniciou o regime ditatorial.

A Frente Ampla de esquerda só chegaria ao poder em 2005, com Tabaré Vázquez. Seu sucessor, em 2010, seria o ex-tupamaro e ex-preso político Pepe Mujica.

* Com informações de La Diaria e TeleSur.

Conteúdo originalmente publicado em Opera Mundi
Tags: ditaduragolpememóriauruguai
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