Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

Iniciativa

PL prevê atendimento especializado para mulheres indígenas vítimas de violência de gênero

Proposta foi protocolada durante ação que marcou abertura da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas

11.set.2023 às 20h05
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio

Célia Xakriabá durante ação com ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e outras mulheres que compareceram à Câmara nesta segunda (11) - Cristiane Sampaio

A deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) protocolou na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (11), uma proposta que busca combater a violência contra mulheres indígenas. O texto, já batizado de projeto de lei (PL) 4381/2023, estabelece procedimentos a serem adotados por unidades de polícia e outros órgãos do sistema de segurança pública para o atendimento a vítimas com esse perfil. A proposta mira todos os tipos de violência, como agressão física, psicológica, sexual, verbal, patrimonial, moral e política.

O projeto de lei prevê um acompanhamento especializado, cujo roteiro inclui desde o atendimento nas delegacias até a fase de orientação processual no casos em que houver pedido de medida protetiva. Também cria a chamada "Rede de Apoio Multidisciplinar", que poderá contar com "membros da sociedade civil, advogadas populares, psicólogas, antropólogas, assistentes sociais e afins".

A ideia é promover uma associação entre a rede e o poder público por meio de um termo de cooperação técnica para que os atendimentos à vítima sejam devidamente acompanhados. Essa vigilância deve incluir procedimentos emergenciais, atendimentos voltados à saúde, bem como as ações nas áreas de segurança pública, Justiça e rede socioassistencial.

"O projeto de lei visa cobrir todas as mulheres indígenas que colocam seus corpos, mentes e corações na proteção da própria vida e no cuidado com o meio ambiente. Entendemos que, além das violências enumeradas pela Lei Maria da Penha, mulheres indígenas ainda estão propensas a serem vítimas de violência política, por serem protetoras dos territórios, da Mãe Terra. Assim, muitas vezes precisam lutar contra o machismo incrustado dentro das comunidades para que o povo resista e sobreviva", afirma Xakriabá, no texto de justificativa do PL.

A proposta também prevê a promoção de ações como rodas de conversas, debates e palestras com orientações sobre o conceito de violência contra mulheres indígenas. O texto determina que haja intérpretes dentro das comunidades para a disseminação desse tipo de informação entre as mulheres. “Prevemos, por exemplo, a presença de mais de um intérprete em casos de violência, pois é possível que um único seja parente/amigo do agressor e coloque a palavra da vítima em dúvida”, argumenta a deputada, no texto do PL.   

O projeto cria a chamada "Agenda de Atendimento à Mulher Indígena" e um calendário anual de eventos relacionados ao tema, com a previsão de realização de mutirões de atendimento. O PL não cita datas específicas para essas ações. O texto também prevê a disponibilização de um serviço nacional de atendimento telefônico destinado especificamente ao recebimento e ao encaminhamento de denúncias de violência contra mulheres indígenas. O serviço deverá ter conexão com as delegacias especializadas e o Ministério Público, de forma a facilitar a instauração de procedimentos de apuração dos casos.   

"Ele não vai disputar com a Lei Maria da Penha. Nós continuamos morrendo e sendo violentadas dentro e fora dos territórios. Nosso corpo precisa de respeito e precisa ser visibilizado nesse processo de morte. Não queremos que outras meninas e mulheres em por isso", afirma Braulina Baniwa, da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas, Guerreiras da Ancestralidades (Anmiga).  

A cacica Irê, do povo Jenipapo-canindé, que vive no Ceará, chama a atenção para o fato de a violência contra a mulher nas comunidades tradicionais ser um fenômeno diretamente relacionado à influência cultural da população não indígena sobre esses territórios, um fluxo que resulta diretamente do processo de colonização europeia.

"Para a gente, essa questão da violência de gênero dentro do território é algo muito colonizador. Alguns povos ainda têm na mente [a ideia] de que tratar uma mulher mal é cultural, e não é. A gente vem pra desmistificar e dizer que isso não é cultura. Os nossos povos da antiguidade não nos ensinaram a violentar, a praticar esse tipo de violência que as mulheres indígenas sofrem nos seus territórios".  

O PL foi anunciado por Célia Xakriabá na presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e de outras mulheres que compareceram à Câmara dos Deputados nesta segunda para uma ação que marcou a abertura da "3ª Marcha das Mulheres Indígenas – Mulheres-Bioma em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais". Ao todo, 500 integrantes de comunidades tradicionais se reuniram na Casa para uma sessão solene que homenageou a marcha. O PL foi mencionado como uma iniciativa da agenda política das participantes do evento.  

Editado por: Thalita Pires
Tags: célia xakriabámulheres indígenasviolência de gênero
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.