O governador do estado de Bolívar, Ángel Marcano, disse nesta quinta-feira (22) que 16 pessoas morreram e outras 16 estão feridas pelo desabamento de uma mina de ouro em La Paragua, no sudeste da Venezuela. O governo venezuelano continua as buscas no local. Na quarta-feira, autoridades locais falavam em ao menos 25 mortes.
Em sua declaração, o governador disse que havia "um grupo considerável" de pessoas que "trabalhavam por iniciativa própria para buscar sustento para suas famílias, mesmo que não tivessem autorização para essa atividade". Ainda segundo ele, o fato de a mina ser ilegal impede que as autoridades tenham uma referência sobre quantas pessoas trabalhavam no local.
A mina de ouro Bulla Loca desabou na terça-feira em La Paragua, a 750 km da capital Caracas. Segundo o jornal venezuelano TalCual, o lugar começou a funcionar na metade de 2023 de maneira ilegal e tinha cerca de 35 metros de profundidade.
O deslizamento foi registrado às 15h (horário local). O local é de difícil o e, por isso, equipes de resgate conseguiram retirar apenas algumas pessoas da região e não são capazes de precisar o número de mortos e feridos
O presidente Nicolás Maduro destacou a Força-Tarefa Humanitária Simón Bolívar para ajudar nas buscas. O grupo de elite tem cerca de 1.500 funcionários. O chefe do Executivo também se solidarizou com os familiares das pessoas falecidas.
De acordo com Maduro, o buraco que se abriu na mina tem 30 metros de profundidade e 100 metros de comprimento.
Moradores de La Paragua reuniram-se nesta quinta para pedir a continuidade das buscas e agilidades nos resgates. Segundo os moradores, há mais desaparecidos do que os 16 mortos indicados pelo governo do estado de Bolívar.
Esse é o terceiro incidente envolvendo minas venezuelanas em quatro meses. Em dezembro de 2023, uma mina ilegal na região de San José de Wadamapana cedeu. No incidente, 12 pessoas morreram e uma ficou desaparecida. Um deslizamento em 12 de novembro foi registrado em outra mina venezuelana, mas não houve mortes.
Segundo a AFP, as Forças Armadas contabilizaram no ano ado cerca de 14 mil garimpeiros ilegais expulsos do Parque Nacional Yapacana, localizado no Amazonas.
*com informações da AFP
