Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

Batalha

Entenda por que piso nacional da enfermagem ainda não é pago para toda a categoria

Decisão tomada pelo STF no final de 2023 vem causando estragos para o segmento; Congresso trabalha por nova PEC

03.jun.2024 às 06h00
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
Diante de falta de lockdown nacional e da lotação dos hospitais, Brasil esgota profissionais de saúde

Diante de falta de lockdown nacional e da lotação dos hospitais, Brasil esgota profissionais de saúde - Andréa Rêgo Barros/Prefeitura de Recife

Aprovado pelo Congresso Nacional desde maio de 2022 com apoio quase unânime dos parlamentares e convertido em lei em agosto do mesmo ano, o piso nacional da enfermagem ainda esbarra em resistências que dificultam a garantia dos valores estabelecidos em lei a todos os trabalhadores do segmento.

O imbróglio se arrasta desde os primórdios da discussão sobre a criação da norma, quando o lobby do setor empresarial começou a impor barreiras à aprovação do piso sob o argumento de dificuldade de custeio dos valores: R$ 4.750 para enfermeiros, com 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos de enfermagem e 50% (R$ 2.375) para auxiliares e parteiras

A principal decisão em torno do debate salarial da categoria, no entanto, ficou por conta do Supremo Tribunal Federal (STF). No final do ano ado, a Corte selou o destino do piso ao deliberar que os valores mínimos salariais estipulados pela nova lei deveriam se referir à remuneração total dos trabalhadores da enfermagem, e não ao salário-base. Definiu ainda que o salário poderia ser reduzido de forma proporcional, partindo do pressuposto de que o piso seria para uma carga de 44 horas semanais de trabalho.

A decisão caiu como um balde de água fria na categoria, que começou a mobilização pelo piso ainda no final da década de 1980 até obter a aprovação da lei em 2022, bem como irritou os parlamentares. Deputados e senadores interpretaram a deliberação do STF como uma intervenção indevida no trabalho do Congresso Nacional, onde há entendimento majoritário a favor da lei 14.434/2022.

Além disso, a saga legislativa que levou à aprovação da norma envolveu uma série de acordos, costuras políticas pluripartidárias e ainda a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 127/2022, que prevê o ree de verbas de fundos públicos e do Fundo Social para custear o piso na istração pública, nas entidades filantrópicas e nos prestadores de serviço que tenham um mínimo de 60% de seus pacientes atendidos via Sistema Único de Saúde (SUS).

"Houve um drible em cima daquilo que foi legislado e, ao mesmo tempo, uma desmoralização do Congresso", queixa-se a deputada Alice Portugal (PcdoB-BA). Também incomodou os parlamentares o fato de o Supremo ter definido que o piso para profissionais celetistas deveria ser implementado de forma regionalizada e por meio de negociação coletiva. A lei, apesar disso, fixa que os novos valores devem ser aplicados para servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, dos estados, municípios e Distrito Federal, bem como para celetistas.

"A lei definiu um piso de R$ 4.750, mas agora não é mais esse valor porque, quando o Supremo legislou em 44 horas, criou um problema. Veja: se uma enfermeira trabalha 40 horas, por exemplo, ela não vai receber R$ 4.750, ela vai receber R$ 4.318. O Supremo mudou a lei por interpretar uma carga horária que, no setor público, por exemplo, nem existe. Segundo, o STF regionalizou o piso para o setor privado. Isso é um assunto macroeconomicamente já superado no Brasil, que acabou com a regionalização do salário mínimo há algumas décadas", critica o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), autor da EC 127.

Enquanto a efetivação desses valores não chega para todo mundo, a vice-presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Shirley Morales, conta que o desafio político para a categoria tem se ampliado nos bastidores da profissão.

"Do jeito que ficou era melhor nem existir nada porque tem alguns trabalhadores que já recebiam mais do que o piso e, agora, com a decisão do STF, a pressão dentro do setor privado é para que as pessoas negociem para receber menos, porque ficou tudo muito confortável para o patrão. Isso cria um processo de desesperança nos trabalhadores. O pessoal se sente amedrontado, assediado e sem esperança. Tem gente até querendo sair do país ou migrar de profissão", conta.

PEC 19

O capítulo atual da jornada política em prol do piso é o foco dos parlamentares e da categoria na tentativa de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 19/2024, que fixa uma jornada de 30 horas semanais para os trabalhadores do ramo. Uma das principais articuladoras da medida, Alice Portugal diz que a ideia de 44 horas para a enfermagem seria "uma ficção". "Se aprovarmos as 30 horas, fica garantida a jornada real. É uma jornada indicada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como sendo capaz de garantir a saúde de quem cuida da saúde dos outros. Você ficar mais de seis horas por dia em pé, andando numa enfermaria leito a leito, num centro cirúrgico, numa UTI, é algo muito estressante e, se você faz isso em três vínculos empregatícios diferentes, não há inclusive segurança nem para o paciente."


Profissionais da área de enfermagem lotarem comissão da Câmara dos Deputados no último dia 21, quando o tema do piso foi novamente discutido na Casa / Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Assim como ocorreu com as demais propostas legislativas já aprovadas pelo Congresso em torno do piso da enfermagem, a PEC 19/2024 conta com ampla maioria no Legislativo e por isso tende a ser aprovada pelo Senado e pela Câmara com folga no placar de votação. "O que a categoria precisa é que a gente trabalhe para vencer essa questão do piso. A única coisa que eu acho difícil agora é a gente trocar a ideia de piso por 'vencimento-base', que seria o correto, mas agora é mais complicado", ressalta Mauro Filho, ao mencionar o empecilho gerado pela decisão do Supremo.

Trabalhadores

A batalha em torno da PEC 19 inclui ainda um trecho da proposta que prevê para os trabalhadores um reajuste anual sobre o piso que não seja inferir ao índice da variação inflacionária acumulada no período de 12 meses imediatamente anterior ao de cada ajuste. A presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano, afirma que, ainda que se garanta a carga de 30 horas semanais, o piso tende a ficar defasado com o tempo se não houver uma correção permanente dos valores.

"Hoje a enfermagem não tem garantia de que este ano, por exemplo, a gente consiga negociar uma reposição do INPC ou segundo algum outro índice que seja favorável. Vamos trabalhar agora junto à Comissão de Constituição & Justiça (CCJ) do Senado e começar a luta." A PEC ainda não tem data definida para ser votada no colegiado.

Editado por: Thalita Pires
Tags: congresso nacionalmobilizaçãopiso da enfermagemstf
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.