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Início Política

Protesto

Mulheres engrossam coro contra PL do Estupro na Câmara: ‘Não queremos voltar à Idade Média’

Projeto deve ser alvo de comissão legislativa no segundo semestre deste ano, segundo indicou Arthur Lira

19.jun.2024 às 22h05
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio

Estética de protestos contra PL 1904/2024 é inspirada na série estrangeira "O Conto de Aia" - Cristiane Sampaio

A proposta que equipara o aborto ao crime de homicídio segue gerando polêmicas e mobilizações na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (19), um grupo de militantes se concentrou na porta da Casa para protestar novamente contra o Projeto de Lei (PL) 1904/2024, que teve a urgência aprovada na última semana pelo plenário em meio a um conjunto de controvérsias. A nova manifestação popular vem após o presidente Arthur Lira (PP-AL) indicar, na noite de terça (18), que deixaria o tema para ser apreciado por uma comissão no segundo semestre do ano. Parlamentares críticos ao PL e segmentos da sociedade civil vinham pedindo o engavetamento ou a retirada do projeto do horizonte de pauta na Câmara.

A professora aposentada e ex-deputada distrital Lúcia Carvalho disse que decidiu se somar ao grupo de manifestantes por considerar o PL 1904 como uma "aberração". "O que está em jogo são vidas de crianças e mulheres que estão sendo criminalizadas nesse projeto por meio de uma penalidade maior que a do próprio estuprador. É um abuso. Se temos uma lei de 1940 que permite o aborto em algumas circunstâncias, por que retroceder? Nós só aceitamos avançar."

No Brasil, o artigo 128 do Código Penal permite a interrupção voluntária da gravidez em casos de estupro e risco à vida da gestante. Uma terceira liberação foi dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF): em 2012, o plenário da Corte decidiu que a prática também deve ser permitida quando fica comprovada a anencefalia fetal, ocasião em que o bebê nasce com o cérebro subdesenvolvido e vive apenas durante horas ou dias. Na ocasião, os ministros entenderam que, diante de laudo médico que comprove essa condição, a gestante deve ter garantida a liberdade de decidir sobre descontinuar ou não a gravidez.

O PL 1904 iguala o aborto ao crime de homicídio quando ele é feito após a 22ª semana de gestação. Dessa forma, vítimas de estupro podem ser presas caso recorram à prática. O projeto estipula para a mulher uma pena que pode chegar a 20 anos de prisão, enquanto estupradores são condenados a, no máximo, dez anos de cadeia, de acordo com previsão do Código Penal.

"A situação atual [da legislação] sem esse PL já coloca a vida das mulheres em risco porque ainda não dá garantia de aborto seguro pelo [Sistema Único de Saúde] SUS [para todas]. Esse projeto só piora a situação, colocando a vida das mulheres mais em risco, e, por mais absurdo que pareça, valoriza o estuprador", diz o servidor público Sidney Roberto Nobre Júnior, que se engajou no protesto na porta da Câmara. "Equiparar o aborto ao homicídio é um tapa na cara de todas as mulheres e de toda a sociedade, por isso eu, como homem, tenho que estar aqui ao lado delas em defesa da vida."

Militantes do movimento negro também ajudaram a engrossar o coro contra o PL 1904. A aposentada Santa Alves, integrante da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), chama a atenção para o fato de o segmento ser mais penalizado no cenário dos abortos ilegais. "A gente sabe que a maioria das meninas que morrem por aborto é negra. Isso é estatístico. Então, estamos aqui para apoiar esse movimento e dizer 'não' a esse retrocesso. Não queremos voltar à Idade Média, quando as mulheres eram queimadas por terem posição diferente."

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 70 milhões de abortos, entre seguros e inseguros, tenham ocorrido no mundo no intervalo de 2015 a 2019, por exemplo. Segundo estudo feito em parceria por pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), da Fiocruz e da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, as mulheres negras têm 46% mais chance de fazerem um aborto, considerando todas as idades, na comparação com mulheres brancas. A pesquisa foi publicada em 2023.

Editado por: Martina Medina
Tags: câmara dos deputadosestupromulheres
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