Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Luta

Mulheres Negras Camponesas movem a terra, constroem agroecologia e Reforma Agrária Popular

25 de julho é a data em que se celebra o dia da mulher negra latino-americana e caribenha

25.jul.2024 às 11h24
São Paulo
Lucilene Freitas, Rosa Negra e Vanessa Ribeiro

- Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Aprendemos com Angela Davis que “quando uma mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela” e com Lélia Gonzalez que nosso lema deve ser: organização já. Aprendemos isso em uma sociedade em que as mulheres negras estão na base da pirâmide social, pois são atingidas com os piores índices de direitos básicos como o à educação, mercado de trabalho, terra, moradia e saúde.

Isso porque as intersecções de gênero, raça e classe estruturam o capitalismo e são elementos centrais para compreender a permanência da violência sistêmica que afeta mulheres negras nos diversos espaços da vida, na casa, no trabalho, na política, na economia. Além disso, segue matando a juventude negra, homens negros, encarcerando em masa do povo preto, impondo preconceito, impedindo o o e permanência a terra e o não reconhecimento da prática religiosa. 

Nesse aspecto, é importante demarcar os espaços de lutas e resistência construídos pelas nossas ancestrais, trazendo a memória de Luiza Mahin, Dandara, Mariele Franco, e tantas outras que iniciaram no processo da luta. Por elas e por afirmar que enfrentar o racismo e o sexismo vivenciado ainda hoje é condição para enfrentar as mazelas da fome, da misoginia, da violência e para pensar uma sociedade menos desigual, baseada em relações sociais de igualdade. 

Na luta pela terra, o racismo e o sexismo se expressa principalmente na propriedade, onde as maiores áreas são pertencentes a homens brancos, fruto de um processo de colonização excludente baseado na escravização e superexploração da mão de obra negra e dos bens da natureza. 

Porém, a resistência a esse modelo também é protagonizada pelas mulheres negras, desde o Brasil colônia e escravista, a resistência atual dos povos e comunidades tradicionais, onde as lideranças de mulheres negras são centrais para a organização da luta a partir do cotidiano, do cuidado com a natureza e com as pessoas. Expressa também na luta pela Reforma Agrária uma vez que as mulheres negras, ao formar a base da pirâmide social, também protagonizam a luta pelo o à terra, por alimentos saudáveis e por vida digna que a reforma agrária popular pode possibilitar. 

“O que impulsiona essa luta é a crença na possibilidade de construção de um modelo civilizatório humano, fraterno e solidário, tendo como base os valores expressos pela luta antirracista, feminista e ecológica, assumidos pelas mulheres negras de todos os continentes, pertencentes que somos à mesma comunidade de destinos. Pela construção de uma sociedade multirracial e pluricultural, onde a diferença seja vivida como equivalência e não mais como inferioridade.” (CARNEIRO, 2003, p.05) 

É nesse sentido que demarcar a data de 25 de julho como um momento de luta e celebração é importante para nós do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), pois, nesse dia celebra-se o dia da mulher negra latino-americana e caribenha, que visa denunciar o racismo e o sexismo que impacta a vida das mulheres afrodescentes, mas, também para visibilizar os processos de lutas e resistência construída historicamente e na atualidade. 

O 25 de julho tem se fortalecido e entrado para o calendário de lutas no Brasil. Essa data é fruto de muita luta, resistência e organização de mulheres negras da América Latina e Caribe que há 33 anos, seguindo as lições de nossas ancestrais, se reuniram no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas para a discussão de temas e de estratégias de luta em proporções transnacionais. 

No Brasil a data foi reconhecida em 2014, quando também se instituiu o Dia de Teresa de Benguela como reconhecimento da história da liderança negra que comandou política e militarmente o Quilombo do Quariterê, resistindo por mais de 20 anos aos avanços das forças militares, Benguela inovou nos processos de organização e defesa do quilombo tornando-se uma referência na luta contra a escravização das pessoas negras e indígenas. Mas, séculos após a luta de Tereza de Benguela, retrocessos e falta de efetivação de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade ameaçam, de maneira mais acentuada, a vida de mulheres negras e indígenas. 

Luta e resistência se fazem com festa e enfrentamentos. Assim, mulheres negras seguem em marcha nas ruas, nas ocupações, enfrentando o latifúndio da terra, do saber, gerando vida e reivindicando que no Brasil não é possível falar em democracia sem reparação e bem viver. O dia 25 de julho é dia de luta, em que as mulheres se juntam para denunciar todo tipo de desigualdade, injustiça e violência que vivenciam todos os dias. Além disso, também é dia de rememorar a luta das mulheres negras latino-americanas e caribenhas por uma sociedade mais justa e solidária. 

Nesse julho reafirmamos nosso compromisso de seguir a luta iniciada pelas nossas ancestrais, em defesa da vida, da democracia – Lutaremos! Por nossos corpos e territórios nenhuma a menos. Luta pela transformação das relações sociais baseadas na opressão e na exploração e na construção de relações humanas emancipadas. Lutaremos – por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos. 

*Ambas são militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e integram o Setor de Gênero e o Coletivo sobre Questão Étnico-racial e a Questão Agrária no Movimento. 

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: agroecologiamstmulher negra
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Mercado ilegal

Seis em cada dez apostadores usaram bets ilegais este ano, mostra pesquisa

SOLIDARIEDADE

Marcha Global para Gaza reúne 10 mil pessoas no Cairo contra genocídio na Palestina; 200 são presos

CINEMA

Festival Santa Cruz faz homenagens e conclui mostra de filmes

Diplomacia genocida

Argentina afronta palestinos e direito internacional ao mudar embaixada para Jerusalém, diz especialista

ARTE E MEMÓRIA

Espetáculo resgata a história de Jurema Finamour, silenciada durante a ditadura militar

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.