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América Latina

Crônica de Caracas: os dias após a eleição na Venezuela

Soberania da Venezuela é inegociável; Maduro está seguro de que não há diálogo com o fascismo

30.ago.2024 às 18h54
São Paulo (SP)
Maria Luiza Franco Busse

Maduro ofereceu coletiva de imprensa na noite desta sexta-feira (02) na sede do Executivo, em Caracas - Federico PARRA / AFP

Sexta-feira, início de noite em Caracas. Na capital da Venezuela, as praças e ruas estão cheias de gente que vem e que vai. Brinca, se diverte e ri, como na letra da canção italiana A casa de Irene, lugar de encontro onde as pessoas celebram a paz e compartilham a alegria e a felicidade depois de momentos cinzas e amargos.

Nos dias seguintes à eleição de 28 de julho que deu a Nicolas Maduro mais seis anos na presidência, a oposição fascista interna golpista derrotada promoveu atos de violência em diversos estados deixando saldo de 29 mortes. Violência incitada pelo imperialismo que não desiste de submeter o país para tomar na mão grande seus recursos, como se a República Bolivariana fosse a casa da Mãe Joana, um bordel desgovernado sem eira nem beira. Sem soberania.

Nicolas Maduro Moros está eleito. O resultado foi confirmado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, a instancia maior, em 22 de agosto. Nos nove dias que separaram o pleito do anuncio oficial do TSJ, a caravana do poder popular seguiu ando e se afirmando com a realização de dois importantes encontros: a ALBA-T, Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado Comercial dos Povos, e a segunda Consulta Popular nos 4.550 circuitos das 3.500 comunas espalhadas pelo país, apesar dos fascistas que ladravam e encontraram ressonância nos países estrangeiros que mantém a denúncia de fraude e ainda exigem provas da lisura do processo.

“Ninguém vai nos ensinar o que é democracia. A Venezuela é um país revolucionário, socialista, de democracia popular direta”, declarou o presidente Maduro a uma audiência de observadores durante a reunião de encerramento da ALBA-CTP. Com isso, Maduro reafirmou o cumprimento do artigo 5 da Constituição Bolivariana: “A soberania reside intransferivelmente no povo, que a exerce de forma direta no modo previsto nesta Constituição e na Lei, e indiretamente, mediante o sufrágio, pelos órgãos que exercem o Poder Público. Os órgãos de Estado emanam da soberania popular e a ela estão submetidos”. 

As consultas populares são a expressão concreta da democracia direta. Dia 25 de agosto, comunas dos 23 estados venezuelanos exerceram o poder protagonista do povo ao realizar eleições para eleger a melhoria da preferência de cada território dentre sete sugestões previamente apresentadas e selecionadas pela própria população. Os cerca de 100 observadores internacionais de 21 países, vindos da América Latina e Caribe, África, América do Norte e Europa, puderam ver de perto como se dá o exercício da “democracia popular e protagonista”.

A sugestão que obtém a maioria dos votos de pelo menos 25% dos eleitores, recebe os recursos do governo. São quatro os critérios para o ree, dentre os quais a justificativa da necessidade e a realização do empreendimento em curto e médio prazo. As demandas mais correntes estão relacionadas a saúde, educação, cultura, e obras de infraestrutura.

No município de Carirubana, estado de Falcón, o povo da Comuna Comandante Hugo Chavez votou em peso na reconstrução da casa de assistência social para desfazer o cenário desolador deixado pelo vandalismo praticado na noite de 28 agosto por forasteiros, a maioria colombianos, que chegaram em três ônibus, arrancaram portas, janelas, luminárias, quebraram vidros, atearam fogo e feriram moradores.  

O imóvel foi o primeiro construído e entregue pelo então governo do presidente Hugo Chavez, em 2010, em comemoração do bicentenário de independência da Venezuela. Refazer e seguir adiante é a força que move e torna difícil traduzir em palavras a dignidade e a alegria estampadas no rosto da gente que tem consciência de pertencimento no território que conforma o país. 

A soberania da Venezuela é inegociável. Maduro está seguro de que não há diálogo com o fascismo que intenta recolonizar o país e escravizar seu povo. Fora isso, está aberto para ouvir e conversar, como a determinação do jornalista do Egito que driblou a barreira da língua apelando ao tradutor eletrônico para poder se comunicar com um integrante da delegação Argentina. We must to find the way –  é preciso encontrar o caminho -, disse o gentil observador recuperando o princípio da diplomacia. Essa pode ser uma das chamadas hermosuras da aliança bolivariana, como diz Maduro.

Apesar da brutalidade das 930 sanções que penalizam o povo venezuelano com o objetivo de minar a resistência da construção e consolidação da República Bolivaria de protagonismo popular, Maduro afirma que “o fascismo será pulverizado pela força dos povos”. De fato, a exaustão com a arrogância ofensiva do imperialismo está estimulando reações. Algumas, de grande aventura. Por exemplo, se deslocar do Brasil à Venezuela é uma viagem de ‘circunaeronavegação’.

As companhias brasileiras não estão voando para o país vizinho. Não há nenhuma declaração oficial, o que permite que a realidade seja entendida como determinação interna de “rota aérea política”. Por conta disso, os observadores brasileiros tiveram que fazer triangulações via Portugal, Madri e até Turquia para chegar ao território venezuelano, 48 horas depois, e vice-versa. Hoje, a Conviasa é a única companhia que sai do Brasil com destino a Caracas. A aérea de bandeira venezuelana sai de Manaus uma vez na semana e o voo dura 5h10.

Salvo a retaguarda da China, Russia e Irã, o inferno são os outros na Venezuela do “socialismo bolivariano cristão e humanista do século 21”, como enfatiza Maduro. É sabido que a luta de classe não acabou, mas os dias correm tranquilos no cotidiano prosaico dos venezuelanos. Numa brecha, a jornalista pergunta: "Presidente, como vai ser a cerimônia de posse no dia 10 de janeiro de 2025?".

–  Linda, informou sereno e seguro o presidente eleito da República Bolivariana da Venezuela.

*Maria Luiza Franco Busse é membro da diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Leandro Melito
Tags: eleiçõesnicolas madurovenezuela
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