Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

JUSTIÇA

Julgamento da BHP em Londres é marco na luta dos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão

A fim de dar visibilidade ao processo, atingidos por barragens fazem manifestações

22.out.2024 às 21h17
Belo Horizonte (MG)
Flora Villela

Agência Brasil - Antônio Cruz

Nove anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), teve início na segunda-feira (21), em Londres, o julgamento da mineradora anglo-australiana BHP Billiton. Considerada  a maior ação ambiental coletiva já registrada na justiça inglesa e um dos maiores julgamentos de cunho ambiental da história, o processo deve ser finalizado em março de 2025 e definirá se a mineradora tem responsabilidade pelo crime da Samarco em 2015. 

Na data do início do julgamento, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou uma manifestação em frente à Prefeitura de Governador Valadares, município da região do Vale do Rio Doce, a fim de  chamar a atenção da sociedade brasileira a respeito do processo, que é considerado um marco importante da luta dos atingidos. 

Além disso, o protesto contou com projeções em prédios de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, com a seguinte mensagem: "É hora de fazer justiça por Mariana. Começou o julgamento das mineradoras na Inglaterra. Reparação justa para as vítimas na Bacia do Rio Doce. Justiça pelo Brasil. Justiça por Mariana".

O rompimento da barragem da Samarco resultou na morte de 19 pessoas, no deslocamento de ao menos 600 e na destruição dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo.  Além disso, a contaminação do Rio Doce pela lama tóxica se estendeu por cerca de 700km, do interior de Minas Gerais até o litoral do Espírito Santo.

O julgamento fora do Brasil se justifica pois, no momento do rompimento, estava situada em Londres, uma das duas sedes globais da BHP, localizada atualmente apenas na Austrália. A Samarco, empresa que istrava a barragem de Fundão, é uma t-venture entre a BHP Brasil e a mineradora Vale. É o que explica o integrante da coordenação nacional do MAB, Thiago Alves. 

"A ação inglesa é movida por um escritório internacional com sede em Londres, que, embora privado, ao fazer esse movimento, permite a criação de um cenário político internacional que expõe a BHP e outras empresas. Isso gera um exemplo internacional para outras populações de que é possível pressionar grandes empresas em seus países de origem", explica.

“Embora o MAB não participe diretamente da ação, defendemos o direito dos atingidos diante da morosidade da justiça brasileira, de buscar seus direitos em outro país. Isso é legítimo, a partir do momento em que não se consegue alcançar a reparação aqui”, continua.

Lentidão na Justiça brasileira 

O coordenador do MAB ressalta ainda que, embora o Judiciário brasileiro esteja cuidando do caso, a resposta está atrasada.

"Em geral, os juízes federais atuaram de maneira muito lenta, errática e confusa. Um exemplo é o caso do juiz Mário de Paula que, a partir de 2019, ou a priorizar os processos de indenização individual e atrasar as ações coletivas. Foi necessária uma denúncia do Ministério Público Federal e manifestações públicas dos atingidos na porta do tribunal. Desde então, nós tivemos dois juízes diferentes, que mudaram o entendimento do processo", relembra. 

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

Porém para Thiago, só essa mudança não foi suficiente para dar aos atingidos uma resposta significativa. Ele pontua também a pressão que o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) exerce no Superior Tribunal Federal (STF) ao se posicionar contrário à busca dos atingidos por reparação a partir de outro país . 

"O Ibram não está preocupado com a saúde financeira de nenhum município, não está preocupado com o direito individual e com a reparação dos danos ao Rio Doce. O instituto defende o interesse das mineradoras e é por isso que está questionando no STF essa ação na Inglaterra", denuncia o coordenador MAB.

A maior ação ambiental da história 

Atualmente, os pedidos de indenização, movidos a partir do Tribunal de Tecnologia e Construção em Londres, somam US$46,8 bilhões e são movidos por ao menos 620 mil vítimas da tragédia ambiental em Minas Gerais. Há 46 municípios entre os requerentes da ação, além de comunidades quilombolas, instituições religiosas e o povo indigena Krenak. 

"Com o tempo, essa ação se tornou uma das maiores do mundo e é, na prática, uma grande força de denúncia e de pressão internacional no debate brasileiro da reparação, cumprindo um papel histórico. Essa pressão internacional, no contexto das mudanças climáticas e enfrentamento a grandes empresas, expõe uma grande transnacional que viola direitos em todo mundo. Isso é muito importante do ponto de vista político", avalia Thiago.

Para ele, é possível que a ação inclusive acelere o processo de responsabilização no Judiciário brasileiro.

Caso seja considerada culpada pelo crime ambiental, a empresa enfrentará um segundo julgamento para definir o valor indenizatório que cada demandante deverá receber. Thiago Alves afirma que a expectativa do MAB é de que a empresa seja condenada e sejam encontradas formas eficientes de liquidar o eventual pagamento de indenizações aos atingidos no Brasil.

Em julho deste ano, a Vale e a BHP concordaram em dividir pela metade os custos de indenizações em uma eventual condenação, que pode acontecer nos processos movidos na justiça em quatro países: Brasil, Austrália, Países Baixos e Reino Unido. Neste ínterim, há no Brasil um processo em curso de repactuação do acordo de reparação assinado entre as empresas e o governo.

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
Tags: mariana
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

futuro possível

Mais de 30 entidades indígenas exigem poder de decisão efetivo na COP30 e proteção dos territórios como ação climática prioritária

I DO MELCHIOR

Volume de esgoto tratado lançado no Melchior (DF) é quase o dobro da vazão média do rio

EMBATE NA JUSTIÇA

STF derruba multa milionária imposta a professores em greve no DF

PODCAST DE FATO

Crise ecológica exige ir às ruas contra devastação praticada pela elite, afirmam ambientalistas

SUSTENTABILIDADE

Centro Ecológico celebra 40 anos com atividades na Feira Ecológica do Bom Fim em Porto Alegre

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.