Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

resgate

Artistas de Paraty (RJ) revivem o Boi de Pano, figura tradicional das festas populares

Personagem da cultura popular foi às ruas do Centro Histórico no pré-carnaval

28.fev.2025 às 22h01
Atualizado em 01.mar.2025 às 10h08
São Paulo (SP)
Carolina Bataier
Artistas de Paraty (RJ) revivem o Boi de Pano, figura tradicional das festas populares

Músicos e brincantes acompanham o desfile do boi no pré-carnaval pelas ruas do Centro Histórico de Paraty - Divulgação/Mariana Vergara

Em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, o pré-carnaval contou com uma figura bastante celebrada: o Boi de Pano. Personagem folclórico, ele saiu pelas ruas de pedra do Centro Histórico da cidade no dia 23 de fevereiro, cercado de músicos e brincantes, ao som de marchinhas compostas por artistas locais.

Com o corpo branco, saia florida e enfeitado com fitas coloridas, o boi desfilou pela segunda vez desde o seu batismo, realizado em novembro de 2024, quando, após meses de confecção, ficou pronto e recebeu um nome.

“A gente iniciou esse boi a partir de relatos antigos. Esse boi sempre teve em Paraty, sempre existiu”, conta o cirandeiro e pesquisador caiçara Fernando Alcântara, um dos responsáveis por fazer reviver essa tradição. “Porém, o que estava precisando era desse impulso, dessa força para ele poder se fortalecer novamente”, diz.

Entusiasta da cultura popular caiçara, Alcântara procurou a unidade local do Sesc, o Polo Sociocultural Sesc Paraty, para pedir apoio para o movimento que ficou conhecido como “levante do boi”. Com o e da unidade, consolidou-se um grupo de pesquisadores da tradição com a proposta de reviver uma figura que estava, como diz o pesquisador, “sem força”.

“Originalmente, esse boi de 40 anos atrás, chamado de Boi de Pano, já era um boi de ciranda [manifestação popular composta por um grupo de músico, com danças e cantigas regionais], tocado pelos caiçaras e ele tinha na sua estrutura vários personagens. E cada personagem está relacionado com a história de Paraty”, conta Maira Jeannyse, analista de artes cênicas do Polo. Com o ar dos anos, ela explica, alguns personagens foram desaparecendo das ruas e o boi manteve a presença apenas na Festa do Divino Espírito Santo, realizada no mês de maio.

“Os bonecos sempre existiram, nunca deixaram de existir”, diz Alcântara, mencionando figuras como a boneca Miota e o Cavalinho, que circulam pela cidade em celebrações tradicionais, como a Festa do Divino Espírito Santo e o Festival da Cachaça. O boi, no entanto, estava desaparecido desde a década de 80, de acordo com os registros encontrados na pesquisa.

Miota, a boneca das festas de Paraty, desfilou ao lado do boi – Divulgação/Mariana Vergara

Por meses, os pesquisadores buscaram material histórico, como fotos, vídeos e relatos de moradores da cidade e, junto do mestre artesão João José da Silva Junior, conhecido como Jubileu, se dedicaram à confecção do boi. O grupo inicial de pesquisa era, além de Fernando e Jubileu, por Marcelo Alcântara, Elaine Moraes e Davi Cananeia.

“Eu vi, em criança, meu pai fazendo um boi de pano”, lembra Jubileu, artista local conhecido pelo trabalho de confecção de bonecos.

Para fazer o corpo do Boi de Pano, ele usou cano PVC, mas lembra que, antigamente, o brinquedo era estruturado sobre os ossos de um boi verdadeiro. “Geralmente, pegava uma caveira já de verdade e fazia ali a montagem, botava no boi e aí as pessoas iam se divertir.”

Boi de Pano de Paraty brinca ao som de marchinhas compostas por artistas locais – Divulgação/Mariana Vergara

Durante o desfile do Boi de Pano no pré-carnaval de Paraty, um amigo de Alcântara ouviu uma pessoa que assistia à brincadeira dizer que aquele era o verdadeiro carnaval da cidade, “que não se via mais”.

O comentário agradou o pesquisador. “Eu não falo que a gente fez um resgate, a gente faz uma manutenção e dá uma força”, avalia.

A tradição do boi pelo Brasil

Mudam as cores, as músicas e os bonecos que acompanham a brincadeira, mas a figura do boi está presente em várias regiões do Brasil.

“Em Ubatuba (SP) se chama Boi de Conchas, em Santa Catarina, Boi de Mamão”, conta Alcântara. “Lá em Pernambuco, o do Helder Vasconcelos, que foi um mestre aqui do boi também de Paraty, chama Boi Marinho. Cada região do Brasil ele toma um nome”, explica.

Ator, dançarino e “fazedor de festa e buscador de alegria”, como se define, Vasconcelos acompanhou o levante do boi. “Você imagina uma brincadeira que é tão plural quanto um país. Mas a magia dela tá numa simplicidade tão grande que é quase uma mágica”, avalia, em um vídeo publicado no perfil do Instagram do Boi de Pano de Parati. A letra I no final é uma referência à grafia original do nome do município, Paratii.

A pesquisa teve também a contribuição da artista e pesquisadora Juliana Manhães, do Maranhão. “O levante do boi nasce de memórias que já existem ”, diz a pesquisadora, no vídeo publicado no perfil do Instagram.

Em Paraty, o boi sai acompanhado de personagens como a boneca Miota, o Cavalinho e o Capinha, figura que representa a capa de um toureiro. Nas ruas, os bonecos interagem entre si e com que acompanha a brincadeira. Para Jubileu, a manifestação é uma alegria para quem faz e para quem assiste.

“Enquanto a gente tiver essas manifestações, que animem a cidade, que tragam pessoas para ver, para assistir e que essas visitas demandem serviços dentro da economia paratiense, isso é bom para todo mundo, né?”, avalia Jubileu. “A gente fica como uma referência, porque a tendência são essas manifestações folclóricas aos poucos irem acabando”, diz.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: carnavalcultura popular
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

Diversidade cultural

Bumba meu boi, terreiros e tambores: conheça Liberdade, o maior quilombo urbano do Brasil, no Maranhão

Mulher no tambor

Ilú Obá de Min celebra 20 anos e reverencia mestra Girlei Miranda na abertura do carnaval de rua em SP 

dia do samba

‘Entre a raiz profunda e a copa mais alta, samba se transforma e permanece’, diz Luiz Antonio Simas

Veja mais

Repercussão

Câmara autoriza licença para Zambelli; deputada é considerada foragida

Reconhecimento

Lula recebe título de doutor ‘honoris causa’ em universidade ‘herdeira de Maio de 68’ na França

Pedido de absolvição

STF julga recurso de Carla Zambelli para anular condenação

IMPOSTO

Revisão do IOF pode destravar combate a privilégios, mas levar a cortes sociais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.