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Início Economia

DÍVIDA PÚBLICA

R$ 1 trilhão: Brasil se aproxima de gasto histórico com juros por conta da Selic

Taxa básica de juros em alta deve levar país a consumo recorde para rolar débito público

08.abr.2025 às 21h32
Atualizado em 10.abr.2025 às 22h37
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski
Estudantes da UMES protestam contra o aumento da Selic

Estudantes da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) protestam contra o aumento da Selic - Divulgação/CUT

A alta da taxa básica de juros da economia nacional deve fazer com que o governo gaste um valor histórico só para arcar com os juros da dívida pública. Considerando o atual patamar da Selic e a perspectiva de que ela suba ainda mais nos próximos meses, o dispêndio do setor público em 12 meses com a rolagem de seu débito deve atingir R$ 1 trilhão ainda neste ano – valor nunca visto na história.

Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira (8), nos 12 meses encerrados em fevereiro, o governo gastou R$ 924 bilhões em juros. Isso é 23,5% a mais do que os R$ 746,9 bilhões gastos nos 12 meses anteriores.

O próprio BC atribuiu esse crescimento à alta da Selic nos últimos seis meses.

Em setembro, ela era de 10,5% ao ano. Chegou a 12,25% ao final de 2024. Desde 20 de março, está em 14,25% ao ano.

A taxa Selic é um dos principais indexadores da dívida pública nacional. Isso significa que, quanto mais ela sobe, mais o gasto com o pagamento dos juros sobe também.

O próprio BC estima que cada 1 ponto percentual de aumento da Selic aumenta a dívida em mais de R$ 50 bilhões. Nos últimos meses, foram quase 4 pontos percentuais de aumento. Isso significa mais R$ 200 bilhões na dívida pública, que a de R$ 7,3 trilhões. Também mais juros a pagar sobre ela.

“A Selic alta faz com que a dívida esteja sempre em tendência de crescimento”, explicou Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Por mais que o déficit público seja controlado, a dívida sempre cresce.”

A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O órgão já alertou que deve aumentar a taxa ainda mais em sua próxima reunião sobre o assunto, marcada para 6 e 7 de maio.

Levando mais esse aumento em consideração, Weiss ressaltou que tudo caminha para que o Brasil consuma um valor recorde com juros em 2025.

“Há um sério risco de atingirmos esse recorde se a taxa não for reduzida no curto prazo, algo que hoje nem se vislumbra”, afirmou ele.

Weslley Cantelmo, presidente do Instituto Economias e Planejamento, também vê o gasto com juros ultraando R$ 1 trilhão.

O orçamento de 2025 prevê gastos totais de R$ 5,8 trilhões. O orçamento do Ministério da Previdência, que inclui os pagamentos de todas as aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é de pouco mais de R$ 1 trilhão.

Gasto do governo com juros da dívida pública acumulado em 12 meses ruma para chegar a R$ 1 trilhão ainda em 2025

Juros x PIB

Ainda segundo o BC, o gasto acumulado nos últimos 12 meses com juros equivale a 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – valor de tudo produzido no país. Esse percentual também vem crescendo. Há um ano, ele era 6,7%.

Ao final de 2024, ele chegou a ultraar os 8%. Algo como isso só aconteceu em dois momentos da história recente do país: em 2002 e 2003, durante a crise do final do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e início do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e em 2015 e 2016, durante a crise econômica que antecedeu o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Desde janeiro de 2002, a média da relação do gasto com juros e o PIB nacional é de 6% – quase 2 pontos percentuais abaixo da situação atual.

Relação do gasto com juros e PIB brasileiro aproxima-se de recordes atingidos em crises históricas

Consequências

Weiss disse que a Selic em alta atrapalha o crescimento de toda a economia nacional pois também encarece os juros para empréstimos e financiamentos, adiando decisões de compra e investimentos.

Além disso, eleva a pressão política por corte de gastos públicos como uma solução imediatista para redução da dívida pública. “Cortando os gastos, se enfraquece os programas sociais e se reduz o investimento em infraestrutura”, alertou ele.

O economista e professor lembrou também que a Selic em alta é um entrave à redistribuição de renda no Brasil. Isso porque os mais ricos são os maiores detentores de títulos da dívida pública. Quanto mais o governo gasta com juros dessas dívidas, mais transfere recursos quase que diretamente para o bolso de quem menos precisa.

Cantelmo, por sua vez, ressaltou que o endividamento e o gasto com juros, em si, não devem ser vistos como um problema. A questão é que ele vê o Brasil gastando com sua dívida sem estar investindo em projetos que realmente mudariam a situação do país.

Editado por: Martina Medina
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