A China anunciou, nesta quinta-feira (10), que reduzirá “moderadamente” o número de filmes estadunidenses exibidos oficialmente em seu território, uma nova medida de retaliação contra os Estados Unidos após a escalada da guerra comercial.
“As más práticas do governo dos EUA, que incluem o abuso de tarifas contra a China, só podem reduzir ainda mais a popularidade dos filmes americanos entre os espectadores chineses”, disse um porta-voz do Gabinete Nacional de Cinema.
“Seguiremos as regras de mercado, respeitaremos as escolhas dos espectadores e reduziremos moderadamente o número de filmes americanos importados”, enfatizou em um comunicado divulgado em resposta a uma pergunta sobre as repercussões da guerra comercial.
A China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo, atrás dos Estados Unidos. O país asiático é especialmente importante para os estúdios de Hollywood, cujas superproduções costumam ser muito bem-sucedidas.
No entanto, Pequim limita — por meio de um sistema de cotas — o número de filmes estrangeiros exibidos oficialmente em seus cinemas.
Ao contrário do tom mais conciliador que adotou em relação ao resto do mundo, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira um aumento nas tarifas sobre os produtos chineses importados para 125%. O Ministério do Comércio chinês prometeu, nesta quinta-feira, que a China “lutará até o fim” se Washington continuar sua campanha hostil de cobranças excessivas de tarifas.
Na prática, isso não impede que cidadãos chineses tenham o facilmente um grande número de filmes estrangeiros por meio de s de plataformas de vídeo chinesas, sites piratas ou s ilegais.
*Com AFP