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Ataque e retaliação

Guerra na Ucrânia: escalada de ataques enfraquece negociações de paz

Ataque ucraniano e retaliação de Moscou acontecem em meio ao processo de negociações entre Rússia e Ucrânia

07.jun.2025 às 09h31
Moscou (Rússia)
Serguei Monin

A Rússia prometeu uma retaliação ao ataque sem precedentes que a Ucrânia lançou contra bases aéreas russas no último domingo, e a reação veio dias depois. Na madrugada da última sexta-feira (6), a Rússia realizou um ataque massivo com mísseis e drones contra a Ucrânia. A escalada acontece na mesma semana em que foi realizada a segunda rodada das negociações entre Moscou e Kiev.

De acordo com as Forças Armadas Ucranianas, A Rússia lançou 407 drones e 44 mísseis contra o território ucraniano, deixando ao menos três pessoas mortas. Essa ação foi uma resposta aos ataques ucranianos em território russo do último fim de semana, que aconteceram antes da segunda reunião em torno de um cessar-fogo, realizada em Istambul, na Turquia.

Foram dois ataques diferentes realizados no mesmo dia, no domingo, 1º de junho. Um deles foi uma explosão de duas pontes nas regiões russas de Bryansk e Kursk. Uma delas caiu em cima de um trem de ageiros e outra levou ao descarrilamento de outro trem. Pelo menos sete pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas. Moscou classificou a ação como “um ataque terrorista do regime de Kiev”.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que esses ataques tiveram como objetivo prejudicar as negociações em andamento entre Moscou e Kiev.

“Todos os crimes cometidos contra civis, incluindo mulheres e crianças, na véspera de mais uma rodada de negociações de paz sugeridas por nós em Istambul, tiveram, obviamente, como objetivo frustrar o processo de negociação. O ataque foi um golpe deliberado contra a população civil”, afirmou.

Já a operação em bases militares aéreas russas foi mais marcante do ponto de vista estratégico, atingindo vários aeródromos militares e danificando mais de 40 aeronaves. Não é a primeira vez que Kiev consegue atingir bases aéreas russas, mas a particularidade da operação Teia de Aranha, como foi chamada, foi de ser planejada e executada de dentro do território russo, chegando a atingir regiões tão distantes, como a Sibéria, pela primeira vez em toda a guerra.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o professor de Relações Internacionais da UFRJ, Fernando Brancoli, ao comentar os detalhes da operação ucraniana, afirma que trata-se de uma das maiores operações assimétricas – quando o lado mais fraco militarmente utiliza táticas não convencionais para compensar a diferença de poder militar – dos últimos 20 anos.

O professor de Relações Internacionais observa que o ataque consistiu em um envio de drones “relativamente pequenos e simples com artefatos explosivos acoplados” que foram lançados contra aeronaves russas que estavam espalhadas pelo país. O ataque atingiu cinco regiões russas — Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur.

O analista destaca que a grande particularidade deste ataque é que os drones usados foram montados dentro da Rússia a partir de uma operação de infiltração do serviço secreto ucraniano no país.

“O serviço secreto ucraniano conseguiu invadir e se infiltrar na Rússia, alugou um galpão, ou o que indica, mais de um galpão, e começou a importar, obviamente de maneira ilegal, esse material e montar [os drones] dentro da Rússia. Este material é colocado dentro de um caixote bastante grande de madeira. Usando empresas russas de transporte, alegando que se tratava de uma casa pré-fabricada, esses caminhões são espalhados pelo país, chegando a bases de mais de 4 mil km da fronteira entre Rússia e Ucrânia. E aí eles são operados à distância e efetivamente realizam os ataques”, explica.

De acordo com o Serviço de Segurança da Ucrânia, 34% dos porta-aviões de mísseis de cruzeiro estratégicos foram danificados em consequência dos ataques de drones ucranianos. Já Moscou buscou minimizar os danos materiais ao seu poderio aéreo, afirmando que o equipamento atingido poderia ser restaurado. 

O analista Fernando Brancoli aponta que, para além do dano material, há significado simbólico sobre o futuro dos combates militares. De acordo com o pesquisador, “existe uma certa certeza de que o conflito moderno vai ser lutado em parte por drones, e não necessariamente drones muito sofisticados”.

“A Ucrânia comprova que artefatos relativamente baratos que podem ser montados de uma maneira muito rápida, operados às vezes de maneira relativamente autônoma, que não exige um treinamento muito grande pro operador. São capazes de causar danos expressivos, capazes de modificar o status da guerra e, de novo, são baratos. A gente não está falando de um caça de sexta geração norte-americano que está na casa dos milhões de dólares. Estou falando de drones que são inúmeros, que você ganha na quantidade, que podem custar 300-400 reais. Então é algo relativamente ível dentro deste contexto.”

Outro aspecto importante no atual contexto da guerra da Ucrânia é que estes ataques foram realizadas na véspera da segunda rodada de negociações diretas entre Moscou e Kiev, que aconteceu na segunda-feira (2), em Istambul. Para Fernando Brancoli, as ações ucranianas foram deliberadas para pressionar a Rússia em meio às negociações.

“Os ataques acontecem em menos de 24h pro início dos encontros para uma discussão de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia na Turquia. É claro que isso foi pensado para pressionar de certa forma a Rússia, para argumentar que a Ucrânia ainda tem cartas na mesa dentro desse contexto”, argumenta.

Como resultado da segunda rodada das negociações em Istambul, Rússia e Ucrânia trocaram memorandos com propostas detalhadas sobre as condições de cada uma das partes para a resolução do conflito e também concordaram com uma nova troca de prisioneiros. No entanto, a Rússia rejeitou a proposta de um cessar-fogo incondicional e Kiev classificou as condições de Moscou como “inaceitáveis”. Não houve avanços concretos para a paz e a intensificação dos ataques de ambas as partes durante a semana marcam, pelo contrário, mais uma escalada do conflito.

Editado por: Leandro Melito
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