Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

DIREITOS ORIGINÁRIOS

Indígenas impedem invasão de grileiros na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau na Amazônia

Abandonados pelos órgãos de fiscalização e sob ameaças de morte, moradores monitoram sozinhos integridade do território

19.mar.2021 às 11h30
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla
Sem autorização para entrar, inavsores foram flagrados dentro do território demarcado e homologado

Sem autorização para entrar, inavsores foram flagrados dentro do território demarcado e homologado - Bitaté/Associação Uru-Eu-Wau-Wau

Um grupo de invasores deixou na última terça-feira (16) a Terra Indígena (TI) Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, após ser flagrado montando acampamento na linha 648, município de Governador Jorge Teixeira, a aproximadamente 320 quilômetros de Porto Velho.

Um dos últimos redutos de floresta amazônica do estado, a TI é alvo crescente de violações. Desta vez, entretanto, a ação foi interrompida pelos próprios indígenas, que fazem a vigilância nas fronteiras, diante do desmonte dos órgãos de fiscalização promovido pelo governo federal. Os transgressores ainda promovem a disseminação do coronavírus e põem em risco a integridade, principalmente, de grupos isolados que vivem no território.

Segundo o coordenador da vigilância, Awapy Uru-Eu-Wau-Wau, denúncias indicaram que pessoas teriam transposto os limites da reserva. Durante a averiguação, encontraram um homem no meio da mata. “Aqui dentro vimos vestígios de cavalo e picada. A gente estava vendo vestígio novo, de gente entrando. A gente seguiu esse caminho e se deparou com o invasor, e perguntamos o que ele estava fazendo”.

::Funai gastou R$ 8 com cada indígena em ações de combate à pandemia::

O homem itiu que estava preparando a terra por determinação de uma pessoa do município de Ji-Paraná-RO. “Ele falou que um cara chamado ‘Pé de Louro’ estava organizando isso. O mandante disse que a área onde eles estavam acampados era uma reserva seringal que ia ser cortada”, relatou Awapy.


É nítido o desmonte por que am os órgãos de fiscalização e controle ambientais e de direitos indígenas brasileiros, o que tem gerado reações / Marcelo Camargo/Agência Brasil

A convite do transgressor, os indígenas foram até o acampamento e se depararam com uma estrutura compatível com a chegada de mais invasores. “Tinha barracas, colchões, tambores, motosserra, fardos e mais fardos de arroz, muita carne de caça, entre outras coisas. Explicamos que a área não tinha nada a ver com o seringal, que eles estavam dentro do nosso território”.

Conforme Awapy, o homem alegou desconhecer que o local ficava no interior da TI e se disse enganado pelo mandante. “O rapaz disse que nós nunca mais íamos ver a cara dele ali, porque eles iam se retirar naquele momento e só estavam ali porque foram enganados. Ele itiu que estava errado e que nós estávamos certos”.

A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, que dá e aos habitantes da TI Uru-Eu-Wau-Wau, informou que a Funai enviou agentes ao local no dia seguinte, mas ninguém foi encontrado.

“Evidente que a Funai não ia encontrar ninguém, pois tinham que ter ido logo em seguida do acontecimento”, criticou Neidinha Suruí, ativista histórica da região e líder da Kanindé. A reportagem procurou a Coordenação Regional da Funai de Ji-Paraná (RO), mas não obteve resposta.

[cms-gallery id=c01a5058-773f-4530-a814-a684671b9e1b]

Falta de fiscalização e ameaças constantes

Com 1,8 milhão de hectares, a Terra Indígena Uru Eu Wau Wau foi demarcada e homologada em 1991 e é lar dos povos Uru Eu Wau Wau, Amondawa, Oro Win e Juma, além de grupos em situação de isolamento voluntário. Rico em recursos hídricos e terra fértil, o território é visado por grileiros, madeireiros e garimpeiros desde antes da demarcação, mas as invasões se intensificaram a partir de 2019.

Supostamente estimulados pelo governo federal, produtores rurais da região se organizaram em associações e usam a desinformação para promover invasões. “Há uma campanha de políticos e de associações de produtores que começaram a surgir agora reproduzindo o discurso do atual governo, de que a terra vai ser diminuída, vai ser revista. Isso é impossível, pois a terra é demarcada e homologada”, explica Neidinha Suruí, da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé.

:: Políticas de Bolsonaro para indígenas reforçam genocídio e práticas colonialistas::

A situação é agravada pela fragilização dos órgãos de controle e fiscalização, como o Ibama, o ICMBio e a Funai, estratégia que norteia a “política ambiental” de Jair Bolsonaro (sem partido). “O orçamento [dos órgão de fiscalização] baixíssimo, a falta de pessoal permanente, a falta de barreiras de controle para conter a pandemia são outros fatores que facilitam esses crimes”, denuncia Neidinha.

O abandono estatal e a pressão crescente do agronegócio motivou os indígenas a se responsabilizarem pela fiscalização. Eles não possuem poder de polícia, mas usam tecnologia de ponta – inclusive drones – para detectar violações à integridade da TI e reportar aos órgão especializados.

“Nosso território pega 13 municípios e temos uma equipe pequena para ficar monitorando tudo. Eu venho sofrendo ameaças de morte por tomar a frente dessa proteção. Sou ameaçado há quatro ou cinco anos”, relata Awapy. O coordenador da fiscalização aprendeu, a duras penas, a levar as intimidações a sério. O primo dele, Ari Uru-Eu-Wau-Wau, também integrava o grupo de vigilância e foi encontrado morto aos 33 anos com marcas de espancamento, em abril de 2020.

A expulsão desses invasores não significa tranquilidade: as denúncias são constantes e o trabalho não tem fim. O grupo de monitoramento segue mobilizado para averiguar os alertas, que não param de chegar. “Com certeza tem outras invasões acontecendo, falta descobrir o local. Tem informação de que tem invasão perto de outra aldeia, perto do [município de] Campo Novo. A gente sabe que nesse local sempre tem invasão. Por isso vamos verificar lá”.

Editado por: Vinícius Segalla
Tags: funai
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Minimizou tentativa

Bolsonaro trata plano golpista como ‘crítica’ estudada dentro das ‘quatro linhas’ em depoimento ao STF

SITUAÇÃO DEGRADANTE

Mais de 6 mil crianças são resgatadas do trabalho infantil em 2 anos

MAIS PROTEÇÃO

Paraíba amplia rede de proteção a mulheres com três novas Delegacias da Mulher (Deams) nas cidades de Solânea, Catolé do Rocha e Juazeirinho

IMPOSTO

Haddad diz que compensação do IOF só ‘mexe com dono de cobertura’

Artigo

Sem terra, não dá para ser feliz

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.