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1 MÊS SEM TALLA

Após morte de senegalês, imigrantes africanos pedem fim da violência policial em SP: ‘nossa humanidade é questionada o tempo todo’

Morte de Talla Mbaye estimulou protestos contra racismo e cobrança por justiça por parte de imigrantes no Brasil

23.maio.2024 às 19h28
São Paulo (SP)
Pedro Stropasolas

Após morte de Talla, imigrantes senegaleses que vivem na Rua Guianases foram reprimidos violentamente pela PM - Divulgação

Após a morte do senegalês Serigne Mourtalla Mbaye, que caiu do 6º andar do edifício em que morava no centro de São Paulo durante ação da Política Militar, a comunidade africana se mobiliza para exigir justiça pelo imigrante. Lideranças ouvidas pelo Brasil de Fato denunciam que o racismo e a xenofobia sofrido pelos estrangeiros são práticas recorrentes na maior cidade do país e reiteram que a morte de Talla não é um caso isolado.

O imigrante morreu há 1 mês, na noite de 23 de abril, após a PM entrar sem mandado no Edifício Japurá, na Rua Guaianases, e subir até o apartamento 609, onde estava Talla, para apurar um suposto comércio ilegal de celulares.

Na versão dos policiais, após entrarem no apartamento, Talla teria tentado fugir ando o andar inferior do prédio, se desequilibrado e caído. Morador do Brasil há quase três anos, ele deixou duas crianças. Uma delas, fez aniversário no dia de sua morte.

Imigrantes africanos contestam a versão da PM e cobram justiça pela morte do senegalês. Convocado pela comunidade africana, um ato realizado um dia após a morte de Talla reuniu centenas de pessoas, exigindo uma apuração rigorosa sobre as circunstâncias da morte.

A investigação, no entanto, está a os lentos, e o o público às câmeras corporais dos policiais envolvidos ainda não foi disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

"O grande problema é que não é um caso contra os africanos, ou seja, contra estrangeiros, são casos contra pretos, que são assassinatos minuto por minuto no Brasil. Vejamos bem, a polícia nunca iria invadir casa de um imigrante japonês, de um imigrante dinamarquês, de um imigrante americano, branco. Nunca, nunca, nunca. Então, esse é um caso contra o povo preto principalmente. Aqui, eu vou fazer 16 anos. Já cansei de presenciar assassinato de imigrantes e pretos. E nunca a justiça é feita", comenta o guineense Braima Mane.

Violência contra imigrantes africanos

O brutal assassinato do congolês Moise Kabagambe em janeiro de 2022 em um quiosque de uma praia da zona oeste do Rio de Janeiro expôs o racismo sofrido pelos imigrantes africanos no Brasil. Moise foi espancado até a morte após reivindicar o pagamento atrasado ao gerente do estabelecimento.

Em outubro do mesmo ano, o gambiano Bubbacarr Dukureh foi morto pelas costas por um policial militar no bairro nobre de Jardins, em São Paulo. Na mochila, levava dois currículos e uma faca comprada a pedido da esposa, que é auxiliar de cozinha. Os dois policiais envolvidos na ação relataram que o imigrante teria resistido à abordagem.

"Ele não parou, então não dá nem para entender se ele ouviu o chamado da polícia. Mas é como a gente fala, a policia tem força suficiente para imobilizar, para atirar em um lugar que não vai tirar a vida", opina a atriz e ativista Mariama Bah, que nasceu em Gâmbia e cuja família se encontra na região de Casamance, no sul do Senegal.

"Eu sou ser humano. Eu acho, como mãe, que todo ser humano merece a vida, independente de ser negro ou branco. As mortes de pessoas negras já estão incomodando bastante, porque a abordagem já é muito desumana. A gente é constantemente tratado como cor de ameaça e como bandidos, independente do que fazemos. Somos  artistas, eu sou atriz de cinema, mas o nosso lugar é de servidão. A gente, a nossa humanidade é questionada o tempo todo e isso é muito indignante", completa.

No total, segundo os dados oficiais, cerca de 35 mil imigrantes africanos vivem no Brasil. O país também abriga mais de 150 mil imigrantes haitianos que, assim como os africanos, estão submetidos ao racismo e a relações de trabalho desiguais. 

"Eu tenho orgulho dessa pele que eu tenho. Nós somos praticamente esquecidos, sendo que os africanos, segundo a história do Brasil, os africanos fazem parte da construção desse lindo país que é o Brasil. Estão querendo apagar a história? Não podem", coloca afirma a atriz congolesa Prudence Kalambay. 

"Os meus ancestrais chegaram aqui como escravos para poder construir esse país. E se estamos lutando hoje, é porque teve antes pessoas que lutaram pela independência, que lutaram pelo fim de escravidão. Nós estamos lutando também pela mudança. Nós vivemos hoje uma escravidão modernizada. A gente não pode falar, a gente não pode reclamar. A gente só tem sido mortos como um cachorro, com um bicho", finaliza.

Editado por: Matheus Alves de Almeida
Tags: direito à vidadireitos civis e políticosdireitos dos refugiados e imigrantesxenofobia
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