Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

EDUCAÇÃO

A nova lei sobre restrição de celulares nas escolas e os avanços e desafios da educação inclusiva no Brasil

'As famílias de estudantes com deficiência manifestam preocupação sobre como a proibição impactará seus filhos'

16.jan.2025 às 15h11
Porto Alegre (RS)
Aline Kerber

"Uma lei importante pelas questões de saúde mental postas e que guarda as ressalvas para os direitos fundamentais" - Foto: Arquivo/EBC

A lei que restringe o uso de celulares em escolas no Brasil foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de janeiro último, Lei 15.100/25. Aplicável a todos os estabelecimentos de ensino básico, públicos e privados, a norma proíbe o uso de celulares durante as aulas, intervalos e recreios, exceto em situações específicas como fins pedagógicos, segurança ou ibilidade. Uma lei importante pelas questões de saúde mental postas e que guarda as ressalvas para os direitos fundamentais.

É importante destacar dados que justificam a necessidade de uma política restritiva ao uso de celulares nas escolas. O Relatório Pisa Brasil (2022) aponta que 80% dos estudantes brasileiros relatam distração e dificuldade de concentração nas aulas de matemática devido ao uso do celular. Além disso, a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, conduzida pelo Cetic.Br, revela que entre 9% e 12% dos estudantes de 11 a 17 anos têm o a conteúdos sensíveis que podem impactar gravemente sua saúde mental, incluindo estímulos à automutilação. Ainda, 23% dos estudantes de 13 a 14 anos am conteúdos gráficos, como cenas de violência extrema ou sangue, evidenciando os riscos associados ao uso indiscriminado da tecnologia por crianças e adolescentes.

No Rio Grande do Sul, já vigora uma legislação sobre o tema: a Lei Ordinária nº 12.884 de 2008. Além disso, a rede estadual de ensino do RS deverá publicar um decreto em 2025 para orientar as escolas sobre a aplicação prática dessa proibição. Esse decreto será fundamental para que os órgãos normatizadores dos sistemas de ensino, como o Conselho Estadual e os Conselhos Municipais de Educação, possam elaborar regulamentações mais detalhadas, sobretudo em relação aos estudantes com deficiência.

O papel da tecnologia para estudantes com deficiência

As famílias de estudantes com deficiência manifestam preocupação sobre como a proibição impactará seus filhos, especialmente os que dependem de dispositivos como celulares e tablets para comunicação alternativa/aumentativa.

Apesar de a lei prever exceções, é crucial que as regulamentações garantam o uso adequado dessas tecnologias por estudantes que necessitam delas para o seguinte: estabelecer interações e comunicação com seus pares e professores; ar o conhecimento; informar a família sobre questões como alterações de rotina, saídas para terapias, consultas médicas ou istração de medicamentos; entre outros motivos.

O celular é uma ferramenta vital para a segurança, inclusão e desenvolvimento educacional e social de estudantes não verbais ou semi-verbais, especialmente autistas. Ele permite a comunicação com professores, profissionais de apoio e colegas, promovendo a integração social e o o ao direito à educação, conforme assegurado pela Constituição Federal e pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015).

Instrumentos de planejamento educacional individualizado

Além da tecnologia, estudantes com deficiência ou altas habilidades/superdotação têm direito a um Plano de Ensino Individualizado (PEI). Esse documento organiza informações e tempos educacionais em parceria com a equipe pedagógica, a família e os profissionais de saúde. A Lei Brasileira de Inclusão, junto com legislações específicas, como a Lei nº 14.019/2023, voltada para estudantes autistas, além da Lei 3.125/2024, Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, reforçam a importância do PEI.

O “Parecer 50” de 2023 do Conselho Nacional de Educação (CNE), que aborda a educação de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sugere um estudo de caso individualizado para avaliar as necessidades de cada aluno. Recomenda, ainda, a criação de um plano com medidas específicas para garantir o o ao currículo e permanência escolar.

Crescimento e desafios da educação inclusiva

O número de estudantes com TEA matriculados em classes regulares cresceu 50% entre 2022 e 2023, de acordo com o Censo de Educação Básica. Atualmente, mais de 600 mil estudantes autistas estão matriculados em escolas brasileiras, sendo pelo menos 16 mil no RS, estimados pelos dados de 2024 da Ciptea/Faders.

Apesar desse crescimento, a educação inclusiva ainda enfrenta lacunas significativas. A efetivação desse direito requer políticas públicas que priorizem investimentos em tecnologia assistiva, formação de educadores e a criação de ambientes escolares acolhedores e inclusivos. Essa luta, que busca garantir o o pleno ao conhecimento para todos, ainda está no início, mas cada avanço fortalece o caminho para uma educação verdadeiramente inclusiva e para a esperança.

*Socióloga, presidenta do Conselho Municipal de Educação de Porto Alegre

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.


Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: deficienciatecnologia
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.