Na semana que marca a posse do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato na Venezuela, movimentos populares e organizações progressistas deram início nesta quarta-feira (8) ao Festival Mundial da Internacional Antifascista. O evento terá uma série de debates que vão durar dois dias e terão convidados de diferentes países em uma articulação contra a extrema direita.
O festival terá discussões como a participação da mulher na luta antifascista, jovens e estudantes na construção de um “mundo multipolar”, os movimentos populares e a articulação de uma agenda global, a luta dos povos indígenas, dos trabalhadores e a participação dos intelectuais, artistas e movimentos em defesa da humanidade.
O evento também acompanhará no dia 10 de janeiro a posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato. A cerimônia está marcada para acontecer na Assembleia Nacional e deve contar com a presença de apoiadores do lado de fora da sede do Legislativo venezuelano.
O festival terminará no sábado (11) com reuniões de movimentos populares e uma plenária de encerramento que terá a participação do ministro de interior e Justiça, Diosdado Cabello. A vice-presidente, Delcy Rodríguez, também deve participar. Estão previstas outras atividades culturais e históricas até o dia 16 de janeiro, que incluem visitas a instalações e espaços de formação.
Os movimentos populares latino americanos têm articulado uma defesa da posse de Maduro nas últimas semanas em um contexto de aumento de tensão sobre a cerimônia. A oposição de extrema direita do país não só diz que intervirá na posse, como está promovendo uma articulação internacional para angariar apoio de outros governos em uma pressão contra Nicolás Maduro.
O ex-candidato da Plataforma Unitária, Edmundo González Urrutia, se encontrou com os presidentes da Argentina, Javier Milei, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e dos Estados Unidos, Joe Biden, em um esforço de mostrar força política para tentar um golpe no país vizinho.
Em todas as ocasiões, ele reforçou a ideia de estar em Caracas em 10 de janeiro para tomar posse. Edmundo, no entanto, não especificou como pretende ir ao país, já que é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Ministério Público.
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Brasil de Fato acompanha o que está acontecendo na Venezuela / Brasil de Fato/Rafael Canoba
