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Após subir impostos, Ratinho diz que a população não aguenta pagar mais impostos

Governador inchou a máquina paranaense com indicações políticas

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), pegou carona na polêmica sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) proposto pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad para dizer que o povo não aguenta mais pagar impostos. Ele tá certo. Só que ele não contou ao povo paranaense que ele próprio aumentou imposto neste ano. No caso, o ICMS incide sobre os combustíveis. Também não contou que o aumento da arrecadação do Paraná em 2024 se deve justamente pela alta de impostos estaduais. Ratinho precisa ser mais “honesto” com as suas afirmações.

Nas redes sociais, o governador pré-candidato à presidência, disse: “a população não está reclamando do IOF. Ela não aguenta mais imposto. Você não vê, pelo lado do governo (federal), tentar diminuir a máquina pública, o número de ministérios. É uma gastança sem nenhuma prioridade”, disse o pré-candidato. Ele completou: “É preciso repensar e reorganizar a máquina pública para investir no que é prioridade para os brasileiros”.

Evidentemente, Ratinho fala isso contando com a desinformação da população. Neste ano, em fevereiro, o Paraná foi um dos estados que aumentaram impostos sobre gasolina, etanol e diesel a partir de pedido do Confaz, um órgão formado por secretários de fazenda estaduais. Foram R$ 10 e R$ 0,06 que todos têm que pagar.

O pré-candidato também não comentou que a arrecadação aumentou por causa dos impostos cobrados dos paranaenses. No relatório de Gestão Fiscal de 2024 apresentado na Assembleia Legislativa do Paraná no fim de março de 2025, o secretário da Fazenda do Paraná, Norberto Ortigara, deixou claro isso.

“O ano de 2024 foi bastante razoável, com crescimento das receitas, impulsionado pelo aumento real do ICMS, o que demonstra o fortalecimento da economia”, disse o secretário de Ratinho.

Na declaração do governador ainda chama atenção dois aspectos. Ele não declarar apoio e empenho político para a isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil e criticar o Governo Federal por não “tentar diminuir a máquina pública, o número de ministérios”.

Ora, ora. Logo ele que no segundo mandato aumentou de 15 para 26 secretarias no estado e os custos em quase R$ 100 milhões, para abrigar aliados políticos. Ou seja, ele não está fazendo no estado o que defende para o país.

*Este é um artigo de opinião e não representa necessariamente a linha editorial do Brasil do Fato.

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