Canoas (RS) recebe até 23 de junho uma série de oficinas e contações de histórias que buscam resgatar e fortalecer a cultura afro-brasileira e a afro-ancestralidade. O projeto Griô – As Sementes que Vieram da África – Plantando as Sementes na Educação vai capacitar crianças, jovens e adultos, de escolas públicas, com a arte da contação de histórias, música e expressões culturais diversas. Segundo a organização do evento, a iniciativa aposta na reflexão, na troca de saberes e nos intercâmbios. 5n491u
O projeto foca em descentralizar as ações, democratizando e dando oportunidade de o às atividades culturais, como contação de histórias e oficinas para regiões periféricas. O ensino oral será feito por Bárbara Catarina, Jonatan Ortiz Borges e Duda Máximo e as aulas formativas serão ministradas por DKG Dekilograma, Mariana Marmontel, Poeta Desperta, Juliano Guedes e o idealizador do projeto, Jonatan Ortiz Borges.
As contações de histórias são conduzidas de forma que resgatam a tradição e a oralidade dos mestres Griôs, a fim de transmitir a riqueza da narrativa afro-brasileira e estimular a criatividade e o pensamento crítico dos participantes. “Por meio da capacitação e envolvimento dos jovens, daremos instrumentos aos alunos para que criem e se expressem com segurança e pertencimento”, explicam os organizadores.
Ao final da circulação das atividades será feito um sarau em Canoas que reunirá as turmas que participaram do projeto. O evento gratuito e aberto ao público terá apresentações artísticas e funcionará como uma celebração do convívio e aprendizado.
Griô – As Sementes que Vieram da África – Plantando as Sementes na Educação contribui para o cumprimento da Lei nº 11.645/2008, criada com o objetivo de promover a inclusão e valorização das culturas afro-brasileira e indígena no currículo escolar.
“Incentivar a leitura, a escrita e criação poética, movimentar a economia cultural, gerar emprego e renda para os artistas envolvidos”, são alguns dos objetivos da organização do projeto, que ainda lista, “dar a devida importância à cultura afro-brasileira, ampliar o conhecimento cultural e geográfico do povo negro na história do Rio Grande do Sul e tantos outros aspectos importantes do legado afro-brasileiro no Brasil e em específico aqui no estado”, finaliza.
De acordo com definições da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o griô se baseia na tradição oral para a transmissão de vivências e saberes culturais de uma comunidade. O mestre griô é reconhecido por, coletivamente, transmitir ensinamentos de geração em geração, com uma identidade própria de um povo, e com uma potência expressiva pedagógica em tais ensinamentos.
O griô é a pessoa que se compromete a guardar as histórias, a guardar uma genealogia e viver como um registro vivo, com instrumentos, elementos e rituais de iniciação. É como um historiador que trabalha com o canto e a memória. São considerados bibliotecas vivas de todas as histórias.
No processo da diáspora africana, a figura griô se misturou com as tradições locais. A cultura brasileira tem essas influências, mas ainda sem muitos registros, e “essa ação está tentando fortalecer essa tradição ligando à educação, com a escola”, encerra a organização do projeto pedagógico.
4 de junho
Escola Municipal de Ensino Fundamental João Palma – R. Uruguaiana, 421 – Mathias Velho, Canoas
13h – Contação de histórias com Bárbara Catarina / 1° ao 5 ° ano
14h – Oficina formativa com Jonatan Ortiz Borges / 6° ao 9 ° ano
9 de junho
Escola Municipal de Ensino Fundamental João Paulo I – R. São Pedro Pescador, 525 – Harmonia, Canoas
13h – Contação de histórias com Jonatan Ortiz Borges / 1° ao 5 ° ano
14h – Oficina formativa com DKG Dekilograma / 6° ao 9 ° ano
10 de junho
Escola Municipal de Ensino Fundamental Edgar Fontoura – R. São Pedro, 555 – Mal. Rondon, Canoas
13h – Contação de histórias com Jonatan Ortiz Borges / 1° ao 5 ° ano
14h – Oficina formativa com Mariana Marmontel / 6° ao 9 ° ano
11 de junho
Escola Municipal de Ensino Fundamental Monteiro Lobato – R. Montenegro, 1113 – Rio Branco, Canoas –
13h – Contação de histórias com Jonatan Ortiz Borges / 1° ao 5 ° ano
14h – Oficina formativa com Juliano Guedes / 6° ao 9 ° ano
16 de junho
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Dumont – R. Arthur Bernardes, 654 – Niterói, Canoas
13h – Contação de histórias com Duda Máximo / 1° ao 5 ° ano
14h – Oficina formativa com Jonatan Ortiz Borges / 6° ao 9 ° ano
23 de junho
Escola Municipal de Ensino Fundamental Nancy Pansera – Area Verde 13, Setor 6 – Guajuviras, Canoas
13h – Contação de histórias com Jonatan Ortiz Borges / 1° ao 5 ° ano
14h – Oficina formativa com Poeta Desperta / 6° ao 9 ° ano
Os preços de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras terão uma redução de 5,6%, a partir desta terça-feira (3). Segundo a empresa, o preço médio deste tipo de venda ará a ser de R$ 2,85 por litro, o que representa um recuo de R$ 0,17 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor ará a ser de R$ 2,08 /litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C”, explicou a Petrobras em nota divulgada nesta segunda-feira (2), no Rio de Janeiro.
Incluindo a redução de amanhã, desde dezembro de 2022 a Petrobras recuou os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, ou seja, uma queda de 7,3%. “Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%”, informou.
Para assegurar transparência no acompanhamento dos preços, a Petrobras publica no seu site informações relacionadas à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor.
Assim, eles têm também uma melhor compreensão do processo da companhia. Para buscar as informações basta ar o link.
]]>O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta segunda-feira (2), uma investigação independente após a morte de ao menos 31 pessoas perto de um centro de ajuda humanitária em Gaza, atribuído pelos socorristas palestinos ao Exército israelense, que nega qualquer envolvimento.
De acordo com a Defesa Civil de Gaza, os disparos israelenses mataram 31 pessoas e feriram outras 176 no domingo, perto de um centro de distribuição de alimentos istrado por uma fundação apoiada pelos Estados Unidos.
“Estou chocado com os relatos de palestinos mortos e feridos enquanto buscavam ajuda em Gaza ontem. É inaceitável que os palestinos estejam arriscando suas vidas por comida”, denunciou Guterres em um comunicado.
“Peço uma investigação imediata e independente sobre esses eventos e que os perpetradores sejam responsabilizados”, acrescentou, sem atribuir as mortes a ninguém.
O centro de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) está localizado em Rafah, no extremo sul do devastado território palestino. Imagens da AFP mostraram civis carregando corpos, enquanto médicos em hospitais próximos relataram um grande aumento de pacientes baleados.
Várias testemunhas disseram à AFP que estavam a caminho do centro de ajuda quando drones e tanques abriram fogo contra a multidão no domingo.
Eram “05h ou 05h30, antes do nascer do sol” quando os tiros estouraram, perto da rotatória de Al Alam, onde uma multidão havia se reunido antes de ir ao centro da GHF, a um quilômetro dali, contou um morador de 33 anos.
“Logicamente, foi o exército israelense que atirou balas reais. Milhares de pessoas esperavam na rotatória (…), mas o exército atirou e todo mundo fugiu. O medo e o caos reinavam”, disse o homem, que pediu para ter sua identidade preservada.
Mohamed Abu Deqqa, de 35 anos, disse, por sua vez, ter ouvido os primeiros tiros “por volta das 05h”.
“A princípio, pensávamos que se tratassem de tiros de advertência. Mas não demorou muito para que os tiros se intensificassem. Comecei a ver gente caída no chão, coberta de sangue”, relatou. “Os tiros visavam os civis, as pessoas começaram a correr, mas muitas não conseguiram escapar”, acrescentou.
O exército israelense negou ter “atirado contra civis enquanto estavam perto ou dentro” do GHF. No entanto, uma fonte militar israelense itiu que foram disparados “tiros de advertência […] na direção de vários suspeitos que avançavam rumo a soldados” antes do amanhecer de domingo, a aproximadamente 1 km do centro.
Um porta-voz da GHF negou qualquer incidente e denunciou informações “falsas e completamente inventadas”. A GHF, que burla o sistema de ajuda humanitária liderado pela ONU, é uma empresa privada com financiamento pouco transparente, apoiada por Estados Unidos e Israel.
Desde que iniciou suas operações, no final de maio, afirma ter distribuído milhões de refeições no território. No entanto, sua mobilização tem sido acompanhada por cenas caóticas e denúncias de vítimas de disparos israelenses perto dos centros de distribuição.
As Nações Unidas se recusaram a trabalhar com a GHF devido a preocupações com seus processos e sua neutralidade. Algumas agências de ajuda humanitária acreditam que a fundação foi concebida para responder aos objetivos militares israelenses.
Segundo a ONU, toda a população de Gaza está em risco de fome extrema. A agência já relatou incidentes de saques de ajuda humanitária, principalmente por indivíduos armados.
Israel enfrenta uma crescente pressão internacional para encerrar a guerra em Gaza, onde a situação humanitária é catastrófica. Durante dois meses, o Exército israelense impôs um bloqueio total ao território, que foi parcialmente suspenso no final de maio.
A Defesa Civil de Gaza também relatou 14 mortos nesta segunda-feira em um bombardeio israelense em Jabaliya, no norte do território costeiro. Mais de 54.470 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva de retaliação de Israel, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.
*Com AFP
]]>Um ano após as enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul, um novo capítulo se inicia para centenas de famílias atingidas de Canoas. No dia 17 de maio, foram entregues casas provisórias localizadas na rua Dona Castorina Lima da Silveira, no bairro Estância Velha.
As famílias contempladas são oriundas do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança, onde estavam abrigadas ao longo desse período. Entre as famílias beneficiadas, está a de Milene Bertol, 38 anos, mãe solo de três filhos. Ela conta que, mesmo não estando em sua própria casa, tem sido muito bom estar finalmente em um ambiente seguro e com privacidade, onde pode dormir e acordar tranquila apenas com seus filhos.
“É gratificante demais poder fazer as nossas refeições ao nosso gosto e em família, isso não tem preço que pague. Meus filhos estão realizados, deitam na caminha quentinha assistindo televisão com o Nescau quentinho e o pão caseiro que eles amam. Pra mim, isso vale mais que qualquer coisa”, relata. A história de Milene tem sido acompanhada pelo Brasil de Fato RS.
Ao todo, Canoas recebeu 58 habitações temporárias. Cada unidade possui 27 metros quadrados e conta com dormitório, sala e cozinha conjugadas, além de banheiro. As casas são transportáveis e reutilizáveis, construídas com estrutura de aço galvanizado e concreto, mobiliário sob medida e equipadas com eletrodomésticos da linha branca.
Com a transferência das famílias, o CHA Esperança está em processo de desmobilização. A iniciativa segue com a entrega de outras moradias temporárias com 80 unidades em Porto Alegre, 105 em Eldorado do Sul e 20 em Rio Pardo.
As residências fazem parte do programa “A Casa é Sua – Calamidade”, que visa implementar a política habitacional de emergência com três frentes de ação: casas temporárias para as famílias enquanto aguardam as moradias definitivas, construção de casas permanentes e doação de unidades por empresas privadas.
Deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) receberam, no sábado (31), um e-mail com ameaças violentas e de caráter misógino. A mensagem foi enviada a todas as parlamentares, independentemente do espectro político, e menciona nominalmente algumas delas.
Segundo as vítimas, a polícia e a presidência da Alesp foram comunicadas ainda no sábado, logo após o recebimento do conteúdo ameaçador. Além disso, uma nota pública, intitulada “Não seremos silenciadas”, foi divulgada nesta segunda-feira (2).
“Trata-se de uma nítida tentativa de silenciar mulheres, em um ataque misógino, racista e capacitista — uma situação que, embora nos cause choque, infelizmente representa mais uma expressão de ódio e violência contra mulheres que buscam ocupar espaços de poder na política do nosso país”, diz o documento. A nota ressalta que, embora algumas parlamentares da Alesp já tenham sido alvo de ameaças semelhantes, esta “é a primeira vez que um ataque é direcionado a todas as mulheres da Casa — o maior parlamento estadual do país”.
“Intimidações desse tipo não podem ser toleradas sob o regime democrático em que vivemos. Elas evidenciam, ainda, a urgência na adoção de políticas públicas de enfrentamento à violência política de gênero”, conclui o texto, assinado coletivamente pelas deputadas estaduais de São Paulo.
Atualmente a Assembleia Legislativa possui 25 cadeiras ocupadas por mulheres, o que representa 27% do total de 94 parlamentares na Casa. O percentual aponta uma crescente em relação aos anos anteriores. Em 2018, 19 mulheres foram eleitas. Antes, em 2014, apenas 11.
]]>O proprietário da pousada Garoa, André Kologeski, que deveria ter prestado depoimento nesta segunda-feira (2) na Comissão Parlamentar de Inquérito (I) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre não compareceu alegando problemas de segurança. A I investiga o incêndio na unidade da pousada na avenida Farrapos, que causou a morte de 11 pessoas. O advogado da testemunha justificou a ausência e pediu que o cliente prestasse depoimento por escrito. Kologeski já foi indiciado por homicídio com dolo eventual no inquérito policial.
Os vereadores ouviram somente o depoimento do presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) na época da tragédia Cristiano Roratto. No testemunho, Roratto disse que nunca visitou as unidades da pousada Garoa. Ele explicou que a responsabilidade de fiscalização era da equipe técnica da Fasc e também que não recebia relatórios ou notificações referentes às pousadas. Alegou ainda que não era o chefe imediato da servidora que fiscalizava o serviço da Garoa.
Inquerido, Roratto disse desconhecer o histórico de problemas na Justiça do proprietário e o fato de que a empresa tivesse dívidas com a prefeitura por falta de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Ele destacou que não houve sanções istrativas à empresa. O ex-presidente informou que o contrato da fundação com a pousada Garoa foi renovado em dezembro de 2023 e que após o incêndio ocorrido em 2022 na unidade da pousada na rua Jerônimo Coelho, a Fasc notificou a Garoa para realizar adequações no local e que foram feitas.
Sobre a falta de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) das unidades da empresa, Roratto disse que essa não era uma exigência legal para a licitação, e lembrou que o contrato foi assinado antes do início de sua gestão. Na sua opinião, não era competência da Fasc fazer verificação do PPCI, e responsabilizou o Corpo de Bombeiros por um eventual fechamento das unidades por conta da falta da documentação do PPCI. Disse ainda não saber que as pousadas funcionavam sem alvará e sem PPCI.
O depoente alegou motivos de força maior para o não rompimento do contrato logo após o incêndio, mencionando a enchente de maio, que teve início na semana seguinte ao incêndio. O ex-presidente da Fasc também negou que as datas de fiscalização fossem acertadas previamente com a empresa. Ele itiu que, excepcionalmente, poderia haver uma combinação para o às pousadas.
Roratto também criticou o delegado da Polícia Civil que investiga o caso por não ter chamado para depoimento uma pessoa que teria sido apontada por uma testemunha como a responsável por atear fogo à pousada: “Todo mundo sabe, existe a denúncia do cara que botou fogo. Sabe-se o nome, tem-se a fotografia. O cara entrou lá, houve um conflito e ele botou fogo nos colchões”.
Patrícia Mônaco Schüler, servidora municipal que era fiscal do contrato da Prefeitura Municipal de Porto Alegre com a pousada Garoa deverá ser ouvida na quarta-feira (4). O depoimento será aos vereadores que integram a I. A reunião desta segunda-feira foi conduzida pelo presidente da comissão, vereador Pedro Ruas (Psol).
A programação do mês de junho do Cine Bangüê, localizado no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, foi divulgada na última sexta-feira (30). Os filmes começaram a ser exibidos nesse domingo (1º).
Em cartaz estão sete longas-metragens e um curta-metragem, que terão sessões de quinta-feira a domingo. São eles: Saneamento Básico, dirigido por Jorge Furtado; Ainda Não é Amanhã, dirigido por Milena Times; Trilha Sonora para um Golpe de Estado, documentário belga dirigido por Johan Grimonprez; Abá e sua Banda, animação dirigida por Humberto Avelar; As Aventuras de uma sa na Coreia, dirigido por Hong Sang-Soo; O Melhor Amigo, dirigido por Allan Deberton; Prédio Vazio, dirigido por Rodrigo Aragão.
Além desses longas, a programação conta com a exibição do curta Ilha das Flores, que também tem direção de Jorge Furtado, e será exibido em sessão conjunta com Saneamento Básico. Este tem no elenco, entre outros, Fernanda Torres, Camila Pitanga, Lázaro Ramos e Wagner Moura. A próxima sessão conjunta ocorre nesta quinta-feira (5), às 18h. No mesmo dia, às 20h30, será exibido Ainda Não é Amanhã.
Os ingressos são vendidos na bilheteria uma hora antes de cada sessão. Os espectadores pagam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Instituições públicas e organizações sem fins lucrativos podem agendar sessões gratuitas, por meio do e-mail ([email protected]). As exibições serão feitas fora da programação regular.
Saiba as sinopses dos filmes, como também os dias e horários:
Uma pequena comunidade de descendentes de imigrantes italianos do interior do estado do Rio Grande do Sul recorre a um vídeo caseiro para tentar resolver os problemas básicos de saneamento que afetam seu povo.
Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido em um supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. Ilha das Flores segue-o até o seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. A jornada final do vegetal rico em antioxidantes mostra a diferença que existe entre os tomates, porcos e seres humanos.
Janaína está no primeiro ano da faculdade de direito e é a primeira pessoa da família que consegue ar a universidade, mas uma gravidez indesejada ameaça os planos que ela havia traçado.
Jazz e descolonização estão entrelaçados em uma montanha-russa histórica que reescreve o episódio da Guerra Fria que levou os músicos Abbey Lincoln e Max Roach a invadirem o Conselho de Segurança da ONU em protesto contra o assassinato de Patrice Lumumba, político que liderou a independência da República Democrática do Congo.
Uma sa que costumava tocar flauta em um parque supera suas dificuldades financeiras ensinando francês a duas mulheres na Coreia do Sul. Ela encontra conforto deitando em pedras e recorre ao makgeolli – vinho de arroz típico da Coreia – para se sentir bem.
Abá é um jovem príncipe, que vive em um reino de frutas, cujo maior desejo é ser músico. Ele consegue escapar do castelo do seu pai sem ser reconhecido por ninguém. O jovem Abá vai precisar da ajuda dos seus novos amigos para enfrentar Don Coco, que quer acabar com a diversidade do pomar.
A jovem Luna parte em uma jornada em busca de sua mãe, desaparecida no último dia de Carnaval em Guarapari. Suas buscas a levam a um antigo edifício aparentemente vazio, mas habitado por almas atormentadas.
Na praia de Canoa Quebrada, o reencontro entre Lucas e Felipe faz acender antigos desejos. Enquanto Lucas se joga neste paraíso solar e musical, em busca de uma paixão ardente e incerta, Felipe, com sua presença sempre tão misteriosa, parece escorregar por entre os dedos.
Saneamento Básico + Ilha das Flores | 18h
Ainda Não é Amanhã | 20h30
Abá e sua Banda | 15h
O Melhor Amigo | 17h
Saneamento Básico + Ilha das Flores | 19h
Ainda não é Amanhã | 15h
As Aventuras de uma sa na Coreia | 17h
Trilha Sonora para um Golpe de Estado | 19h
Trilha Sonora para um Golpe de Estado | 18h
Prédio Vazio | 20h30
Prédio Vazio | 15h
As Aventuras de uma sa na Coreia | 17h
Trilha Sonora para um Golpe de Estado | 19h
Abá e sua Banda | 15h
O Melhor Amigo | 17h
Saneamento Básico + Ilha das Flores | 19h
O Melhor Amigo | 18h30
Ainda Não é Amanhã | 20h30
Abá e sua Banda | 15h
Prédio Vazio | 17h
Saneamento Básico + Ilha das Flores | 19h
As Aventuras de uma sa na Coreia | 15h
Ainda Não é Amanhã | 17h
Trilha Sonora para um Golpe de Estado | 19h
Saneamento Básico + Ilha das Flores | 18h
Prédio Vazio | 20h30
O Melhor Amigo | 15h
Ainda não é Amanhã | 17h
As Aventuras de uma sa na Coreia | 19h
Abá e sua Banda | 15h
Prédio Vazio | 17h
Trilha Sonora para um Golpe de Estado | 19h
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou nesta segunda-feira (2) a fase dos depoimentos de testemunhas de acusação e defesa dos réus do núcleo 1 da trama golpista. O grupo é formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus.
Os depoimentos começaram no dia 19 de maio. Foram ouvidas 52 testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que faz a acusação, e pelas defesas dos acusados.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) foi a última testemunha ouvida no STF. O parlamentar foi indicado para falar em defesa de Bolsonaro e do general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice-candidato à Presidência da República na chapa de Bolsonaro em 2022.
Durante o depoimento prestado hoje, Marinho negou que Bolsonaro e Braga Netto tenham sinalizado ou comentado que tomariam alguma medida de ruptura institucional após o resultado das eleições de 2022.
O senador também negou que tenha conhecimento de algum fato que ligue o ex-presidente aos atos golpistas de 8 de janeiro. O parlamentar participou de reuniões com o Bolsonaro durante o período de transição para o governo Lula.
“Eu vi o presidente preocupado que não houvesse bloqueio de radicais, impedimento de ir e vir, para que não fosse colocado sobre ele a pecha de atrapalhar a economia e a mudança no país”, afirmou.
Segundo o senador, Bolsonaro estava triste por ter perdido o pleito e indicou o então ministro da Casa Civil Ciro Nogueira para chefiar o processo de transição com representantes do governo de transição.
“Nós todos estávamos tristes, mas o presidente,[estava] preocupado com esse processo de transição e com o pronunciamento aos seus eleitores”, completou.
Com o fim dos depoimentos das testemunhas, o interrogatório de Bolsonaro e dos demais réus foi marcado para a próxima segunda-feira (9).
A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra neste ano. Em caso de condenação, as penas am de 30 anos de prisão.
Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe, o núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:
Na tarde deste domingo (1º) ocorreu o primeiro mutirão de plantio para a criação do Corredor Ecológico Corinthiano, nos arredores da Neo Química Arena, estádio do time paulista, na Zona Leste da cidade de São Paulo.
A região é uma das mais afetadas pela ausência de área verde. Um levantamento da agência Fiquem Sabendo mostrou que das 10 regiões menos arborizadas da cidade de São Paulo, em quilômetro quadrado, sete estão na Zona Leste da cidade: Sapopemba, Vila Prudente, Mooca, Vila Maria, Vila Carrão, Ermelino Matarazzo e Itaim Paulista. Apesar de ter um terço dos habitantes da capital (4 milhões de pessoas), a Zona Leste tem apenas 11% dos 615,565 quilômetros quadrados de área verde existentes na cidade.
O objetivo é plantar mais de mil mudas de árvores em quatro edições do mutirão. Além do encontro realizado neste domingo, haverá outras três edições em agosto, outubro e novembro.
As mudas foram doadas pelo Centro Agroecológico Paulo Kageyama (CAPK), do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). “O projeto Corredor Ecológico Corintiano é de suma importância, seja na dimensão social por fortalecer o debate da questão ambiental com o povo da cidade, seja na prática com o plantio de árvores, que no futuro contribuirão para a mitigação da crise climática”, afirma Kallen Oliveira, do CAPK.
“As árvores contribuem para a melhoria na qualidade do ar, a infiltração das águas da chuva e a regulação da temperatura nos centros urbanos. Para nós do MST, plantar árvores é uma ação em defesa da natureza, mas também pela vida dos povos do campo e da cidade”, conclui.
Nas redes sociais, as organizadas do Corinthians agradeceram ao MST pela parceria. “Hoje, queremos expressar nossa profunda gratidão ao MST e ao Centro Agroecológico Paulo Kageyama pela generosa doação de mudas para o nosso primeiro plantio do Corredor Ecológico Corinthiano”, disseram.
“Essa parceria é fundamental para fortalecer nosso compromisso com a agroecologia e o respeito ao meio ambiente, promovendo um futuro mais sustentável para todos”, publicaram as torcidas em nota de agradecimento ao movimento.
As ações são realizadas com o apoio de grupos como Coletivo Democracia Corinthiana, Gaviões da Fiel, Pavilhão Nove, Onze Futebol Clube da Cohab 1, Coringão Antifa, Coalizão Pelo Clima, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST), Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Avançar Resoluto e Marcha Pelo Clima e as unidades de Itaquera e Penha do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades).
]]>Com as palavras de ordem “a nossa luta é todo dia, meio ambiente não é mercadoria” e “se o PL ar a enchente vai voltar”, mais de 60 movimentos sociais realizaram, na manhã deste domingo (1º), ato unificado contra o Projeto de Lei 2159/2021, popularmente conhecido como “PL da Devastação”.
A proposta, que tramita no Congresso Nacional, flexibiliza o licenciamento ambiental e ameaça direitos socioambientais. Manifestantes criticaram a medida, que pode abrir caminho para grandes empreendimentos em áreas protegidas. A manifestação faz parte de uma agenda nacional que aconteceu neste final de semana.
O ato realizado em frente aos arcos do Parque da Redenção marca o início da Semana do Meio Ambiente no Rio Grande do Sul. Além das entidades em defesa do meio ambiente também participaram parlamentares e representantes de movimentos como a Frente Quilombola e o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) entre outros. Em vários momentos as falas lembraram os ataques à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A mobilização ocorre exatamente um ano após o desastre climático que devastou diversas regiões do estado e chama atenção para o desmonte da legislação ambiental em curso no país.
“A crise não é só climática, ela é ecológica. É uma crise moral e de consciência”, afirmou o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Heverton Lacerda, ao destacar que os 10% mais ricos do mundo são responsáveis por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa.
“A base da pirâmide, 50% da parte de baixo, só emite 7% dos gases de efeito estufa. Vejam: não temos um problema populacional, temos um problema de falta de consciência e excesso de consumo de uma parcela da população.” Segundo ele, o PL destrói a legislação protetiva e amplia os impactos da devastação no Rio Grande do Sul especialmente sobre o bioma Pampa, já atingido por alterações no Código Ambiental gaúcho.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, Rafael José Altenhofen, criticou os projetos que ameaçam a gestão ambiental e hídrica. “Infelizmente, a representação da sociedade brasileira no Congresso parece não ter aprendido nada com a tragédia.” Segundo ele, projetos como o PL 2159 enfraquecem a legislação. “Aqui no RS, há propostas que desvinculam o licenciamento ambiental da outorga de uso da água, inviabilizando a gestão de estiagens e inundações.”
Altenhofen lembra que o estado já foi referência na gestão de recursos hídricos, mas hoje está atrasado. “Somos um dos poucos estados que ainda não implementaram a cobrança pelo uso da água nem criaram agências de bacia. Isso revela a força de interesses contrários ao desenvolvimento sustentável.”
O advogado da Frente Quilombola Onir Araújo afirmou que o projeto representa um ataque direto aos territórios tradicionais, citando o que vem acontecendo no Quilombo Kédi. “O PL expressa uma política supremacista colonial. Quilombos e retomadas indígenas estão sendo atacados por grandes empreendimentos imobiliários com aval do poder público. Já perdemos dois terços da nossa área ancestral.”
Da Lomba do Pinheiro, uma liderança Guarani da Tekoá Anhetenguá (Aldeia Verdadeira) destacou o papel ancestral de cuidado com a terra: “Nós, os Guarani, sempre respeitamos a terra. Sabíamos que o desmatamento traria desastres. O PL é uma condenação ao futuro da humanidade.” A fala foi seguida de uma bênção coletiva aos presentes.
Integrante do MAM, Meduza alertou sobre os efeitos da transição energética sem justiça social. De acordo com o militante é preciso fazer a discussão sobre a geração de trabalho em renda. “São José do Norte é um dos maiores produtores de cebola. Por conta dessa nova transição energética, o município vai ser dizimado. A produção de alimentos vai deixar de ser feita”, ressaltou. Ele defende que para convocar a população à luta, é preciso oferecer algo que engaje e traga esperança.
A especulação imobiliária também foi alvo de críticas e alerta durante as manifestações, tendo como exemplo os episódios envolvendo a Capital e o Litoral Norte. Em relação a Porto Alegre a integrante do Movimento Preserva Zona Zul Denise Moreira denunciou a pressão do setor imobiliário sobre áreas de preservação: “Há 20 anos resistimos à destruição de 12,9 hectares de mata nativa. A luta precisa estar nas ruas, nos ônibus, nos mercados. É a cidadania que mantém essas matas vivas.”
Sobre a situação do Litoral Norte a tesoureira da Agapan e integrante do Movimento em Defesa do Litoral Norte (MOV), Ana Lucia Vellinho DAngelo, relatou que a região também vem sendo alvo de empreendimentos de alto impacto. “O empreendimento imobiliário está acabando com o litoral, estão transformando tudo em condomínio. Lutamos também pelo reconhecimento do rio Tramandaí como patrimônio nacional e contra a instalação de um novo porto meridional (Porto Arroio do Sal) que entregaria o litoral ao lucro.” Nesta segunda-feira (2), às 18h, será lançado o Fórum contra o Porto de Arroio do Sal, na Sala Adão Pretto, na Assembleia Legislativa.
Representante da Associação Civil Lago Tarumã, Iko Feijó falou sobre a degradação da bacia do rio Gravataí e projetos de aterros sanitários na cidade de Viamão. “A nossa bacia do rio Gravataí, próximo ao centro de Viamão, está sendo destruída em toda a sua biodiversidade, a sendo água poluída, pelo fato do município ter interesses comerciais, e esse desmonte vem acontecendo em todas as nossas reservas”, declarou Feijó, chamando atenção também para a luta contra o aterro sanitário na região.
Conselheiro municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre Felisberto Seabra Luisi alertou para o enfraquecimento de empresas públicas e defendeu a articulação popular. “A periferia precisa ser conscientizada. A luta contra o PL a também pela resistência ao novo Plano Diretor de Porto Alegre.”
Por sua vez a estudante de biologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Natalie da Silva Paiva chamou atenção para os obstáculos à participação estudantil. De acordo com ela o aumento das agens dificulta a presença de estudantes em atos e mobilizações. “Mas estamos aqui por o à comida, educação, ar e água limpa. Queremos aproximar a universidade da cidade.”
Durante manifestação a deputada estadual Sofia Cavedon (PT-RS) tratou da importância da mobilização diante do que classificou como “cinismo” de parlamentares que apoiam políticas predatórias. Citando Paulo Freire, ela defendeu o direito à “justa ira” diante da destruição ambiental e da negligência com as populações mais vulneráveis. “A terra está em transe, está queimando”, alertou, denunciando o negacionismo climático e a falsa ideia de que apenas os mais pobres sofrerão as consequências da crise.
O vereador Alexandre Bublitz (PT) destacou a relação entre crise ambiental e saúde pública, como o avanço da dengue e doenças respiratórias causadas pelo desmatamento e pelo sucateamento do saneamento. “A luta pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) é também uma luta ambiental”, disse. Lembrando a partida do fotógrafo Sebastião Salgado, o vereador defendeu a importância de ações de reflorestamento. “Salgado mostrou que é possível replantar a vida. Precisamos olhar para frente e pensar em como reflorestar o Brasil.”
Já a vereadora Juliana de Souza (PT) denunciou a “agenda ultraliberal” da Capital e ligou o racismo ambiental à precarização das periferias. “Tem gente em Porto Alegre que não tem água na torneira nenhum dia do ano. A justiça climática é uma luta diária.” Além disso, conforme destacou a parlamentar, conectar o mês de maio, marcado pelo primeiro ano da maior tragédia climática com a abertura da Semana do Meio Ambiente é altamente significativo.
O vereador Giovani Culau (PCdoB) afirmou não ser possível que o Brasil, que vai sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), aprove o maior retrocesso ambiental da história. Ele destacou que cerca de 200 hectares estão ameaçados por empreendimentos em regiões como Sabará, Restinga e Lomba do Pinheiro. “Não aceitamos o desmonte do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) assim como não aceitamos a destruição do Conselho Municipal do Meio Ambiente. Queremos desmatamento zero na Amazônia, e também em Porto Alegre.”
A vereadora Karen Santos (Psol) criticou a lógica de urbanização voltada à especulação e lembrou que há mais de 110 mil imóveis vazios na cidade. “Não precisamos construir mais, precisamos ocupar com dignidade. Está na hora de unificar as lutas contra a privatização, o desmatamento e o desmonte da escola pública.” Conforme enfatizou Santos é preciso formar a próxima geração que está vindo na perspectiva de luta. “Só a representatividade dentro do Parlamento não está dando certo.”
Paulo Brack, vereador e ambientalista do Psol, afirmou que o PL ignora mudanças climáticas, povos indígenas e espécies ameaçadas. “Estamos no meio de uma guerra contra o grande capital. Essa lei joga nas mãos de estados e municípios um poder que deveria ser nacional. O ar, os rios, o Pampa, nada disso têm fronteiras municipais.”
No plano federal, a deputada Maria do Rosário (PT) ressaltou a articulação entre crise climática, ética e direitos humanos, criticando o modelo agrícola baseado em commodities e a marginalização de lideranças ambientais como Marina Silva. “Estamos aqui pelas florestas, pelas águas, mas também pelos povos indígenas e quilombolas, que são quem de fato protegem a vida”, declarou.
Para a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol) o PL 2159 é uma expressão institucional do negacionismo climático da extrema direita. “Nós temos que exigir que esse projeto pare de tramitar, que vá para a lata do lixo da história. Precisamos enfrentar com muita força o negacionismo climático e neoliberal que são expressos pela extrema direita.”
O ex-ministro e deputado estadual Miguel Rossetto (PT) defendeu a mobilização popular como única forma de barrar retrocessos: “Estamos defendendo a vida de uma cidade, de um país, de um planeta. Esse projeto disputa para ver quem destrói mais, ao municipalizar o que deveria ser proteção nacional”. Para ele só a mobilização popular é capaz de barrar projetos destrutivos como a tentativa de privatizar o Parque da Redenção.
Frente a um cenário de retrocessos legislativos, agravamento da crise climática e intensificação da desigualdade socioambiental, as falas apontam que o PL da Devastação não é apenas uma proposta legislativa: é o símbolo da disputa entre dois projetos de mundo, um baseado na destruição e outro na preservação e no bem comum. Rebeca Peres da Silva, do movimento Laudato Si, ecoou as palavras do Papa Francisco: “Tudo está interligado. Viva o povo organizado, viva os pequenos organizados. Avante na luta pela vida!”
Geógrafa e integrante da Convergência Socioambiental do Fórum Social Mundial Lucimar Fátima Siqueira destacou a importância da mobilização popular e da retomada das conferências do meio ambiente como espaços de construção democrática. “A democracia não está dada. Ela se constrói no cotidiano, nos territórios, e é atacada sempre que se desmontam os espaços de participação.”
Segundo ela, o desastre climático agravou um cenário já preocupante. “O ecossistema foi profundamente alterado. Sementes, plantas, projetos de regeneração foram arrasados. O RS tem vocação para a agroecologia, mas sofre com o uso indiscriminado de agrotóxicos.”
A programação da Semana do Meio Ambiente envolve mais de 60 entidades e inclui debates com acadêmicos, ações em escolas e hortas comunitárias, entrega de uma carta de reivindicações à Câmara de Vereadores e atividades em bairros atingidos pela enchente, como a Praça Oliveira Rolim, no Sarandi. Também será lançada a Caravana dos Catadores, que percorre cidades promovendo debates sobre reciclagem e valorização da profissão de catador.
Entre os atos dessa semana está a vigília silenciosa na Praça da Matriz, organizada pelas entidades ambientalistas e ativistas, nesta quinta-feira (5), data que marca o Dia Mundial do Meio Ambiente, além do Lançamento do Festival de Oxum, na Ponte de Pedra/Açorianos, centro histórico da Capital, a partir das 17h. Também na quinta, em Viamão, na Escola Estadual Setembrina, às 19h, será realizado um ato contra o PL.
“A educação ambiental e a governança democrática são centrais. Trinta por cento das propostas da Conferência Nacional do Meio Ambiente tratam disso. Não dá para resolver tudo em um dia. Por isso, uma semana cheia de ações é fundamental”, concluiu Siqueira.